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São Bento tem serviços farmacêuticos uma vez por mês

11 Abril 2019
Catarina Correia Martins

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Catarina Correia Martins

11 Abr, 2019

Desde o início do ano que a Farmácia Nova da Mendiga está mensalmente em São Bento para prestar alguns serviços. Na última quarta-feira de cada mês, numa sala cedida pela Junta de Freguesia de São Bento, parceira desta iniciativa, a farmacêutica e diretora técnica da farmácia, Tatiana Marques, faz medições de tensão arterial, de glicemia e de colesterol, assim como esclarece quaisquer dúvidas sobre medicação. O serviço decorre entre as 15 e as 17 horas.

Tatiana Marques explicou a O Portomosense que este projeto surgiu na sequência de um outro, que têm em curso há cerca de ano e meio, de entrega de medicação ao domicílio, todas as semanas: «No domicílio, percebemos que às vezes faz falta a interação do farmacêutico com o utente. Os medicamentos vão lá parar, [a posologia] vai escrita nas caixas, mas não sabemos se as coisas estão a correr bem ou não», esclarece. A diretora técnica considera ainda que, com a falta de médico, que no caso de São Bento atende apenas uma vez por semana, os serviços farmacêuticos tornam-se ainda mais importantes, uma vez que «apesar de não substituírem de maneira nenhuma o médico, dão um apoio diferente de proximidade às pessoas», afirma.

Além das medições de tensão arterial, de glicemia e de colesterol – que já tiveram o seu efeito, uma vez que na primeira sessão foi detetado um senhor com tensão arterial alta que entretanto já foi ao médico e está a ser devidamente acompanhado –, o serviço pressupõe, então, o esclarecimento de dúvidas: «Ao promover este serviço, a minha intenção também era que as pessoas percebessem que podem levar os medicamentos todos [para analisarmos juntos], porque, às vezes, estão a tomar medicação a dobrar sem saber, porque as caixas são diferentes ou porque vão ao médico [de família] que lhes receita uma coisa e depois vão ao especialista que lhes receita outra», explica. Os diabéticos são também um público-alvo para este atendimento porque «se não forem acompanhados, às vezes a coisa não corre muito bem», nem sempre sabem «lidar com o aparelho de medir a glicemia, não conseguem picar o dedo, às vezes o aparelho é novo ou dá erro, deixam de medir e estão meses sem o fazer, então a ideia é essas pessoas poderem levar os aparelhos» e esclarecer ali as suas dúvidas.

«Até agora o feedback tem sido positivo», refere, acrescentando que, quando chega, «já estão pessoas à espera». Além disso, houve quem tivesse ido uma primeira vez e voltado no mês seguinte, e se isso aconteceu, «é porque gostaram». Apesar de não excluir a hipótese de a boa adesão se dever ao facto de ser uma novidade, Tatiana Marques diz que «as pessoas gostam de ter serviços na terra» e que quando os têm, «valorizam-nos».

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