Entre exposições, espetáculos multimédia e teatrais, palestras e cerimónias solenes, Porto de Mós comemorou a revolução de 25 de Abril que, em 1974 devolveu a liberdade e a democracia aos portugueses, por iniciativa da Assembleia Municipal de Porto de Mós com o apoio da Câmara Municipal.
As comemorações, que se iniciaram no dia 23, tiveram o seu ponto alto no dia 25, com o hastear da Bandeira Nacional nos Paços do Concelho, contando com a presença de uma força militar do Regimento de Artilharia 4 de Leiria, bombeiros do concelho e da Banda Recreativa Portomosense, além de autarcas e convidados.
Seguiu-se, da parte da tarde no Cineteatro da vila, uma sessão solene, onde além dos discursos de ocasião das forças políticas concelhias, teve lugar uma palestra subordinada ao tema Reinventar o Serviço Nacional de Saúde, proferida pelo cirurgião cardiologista Manuel Antunes. Ainda no mesmo local e a encerrar a sessão decorreu um espetáculo de teatro e música, a que se deu o título de Café Milá – ou seria Café Chiado? -, com representação do Grupo Rituais DellArte.
Ao final da tarde, no CISAC – Centro de Interpretação das Serras e Aire e Candeeiros, teve lugar o espetáculo infantil de marionetas O Tesouro, da autoria de Manuel António Pina, apresentado pelo Grupo Cafinvenções.
No dia 23 à noite e a anteceder a conversa com Pacheco Pereira, subordinada ao tema 25 de Abril e a importância da memória, que decorreu no Cineteatro, houve lugar a uma homenagem a José Augusto Silva Marques, o primeiro presidente eleito da Câmara Municipal de Porto de Mós, com a inauguração de duas exposições, uma de cartazes do Arquivo Ephemera, denominada O Nacimento de uma democracia, e a outra de documentos de e sobre a censura, intitulada A palavra é “Corte-se”, ambas cedidas pelo Arquivo Ephemera e Biblioteca e Arquivo de José Pacheco Pereira. Ao final da tarde desse dia realizaram-se espetáculos itinerantes de multimédia nas vilas de Juncal e Mira de Aire, titulados Ruas de Abril.
Ao princípio da noite do dia 24, teve lugar, no antigo Café Milá, a abertura da exposição Quotidianos da Revolução: o 25 de Abril no concelho de Porto de Mós. Depois, no Pavilhão Polidesportivo, devido ao mau tempo que se fazia sentir, ocorreu o espetáculo de circo multimédia e teatro de meios aéreos Maria Canta Abril, apresentado pelo grupo Artelier – Teatro de Rua. À meia-noite, no Castelo, o lançamento de 45 murteiros assinalava o início da revolução dos cravos.
Todas estas ações foram bastante participadas pelo público. As exposições encontram-se patentes ao público até ao último dia do corrente mês.