Jovem portomosense é um dos finalistas de concurso “Jovem Talento da Gastronomia”

16 Fevereiro 2021

Jéssica Moás de Sá

Leandro de Sousa, jovem de 18 anos, natural de Alqueidão do Arrimal, na União de Freguesias de Arrimal e Mendiga, é um dos finalistas, em representação da Escola de Hotelaria de Fátima, na nona edição do concurso Jovem Talento da Gastronomia 2020, na categoria Barman Inter Magazine. Para aqui chegar, e este ano num processo adaptado à pandemia, sem presença física, Leandro de Sousa inscreveu-se através «de duas fichas técnicas» com a apresentação de dois cocktails: «Um feito com um método mais contemporâneo, um cocktail de autor, inventado e idealizado por mim e depois um mais clássico, que já existe, mas reinventado, com um toque pessoal», explica. O primeiro cocktail, do qual Leandro de Sousa não quer desvendar muito até à final, denomina-se Raízes, com base em produtos «da região de Leiria e de Porto de Mós». O segundo, intitulado Memories [Memórias] é «uma homenagem» ao seu avô, falecido há cerca de sete meses: «Utilizei bebidas que nós os dois bebíamos, como o vinho tinto e vermute, porque sinceramente ele era uma pessoa que me inspirava bastante e estou neste percurso também para o homenagear», frisa o jovem.
Os vencedores, nas seis categorias do concurso, vão ser conhecidos numa final realizada na Escola Profissional de Esposende, em abril. O júri, explica Leandro de Sousa, é normalmente composto por quatro pessoas, «nomes importantes da hotelaria, neste caso na área do bar». Esta fase da prova vai ser a única a acontecer de forma física e «vai ser transmitida em direto» nos canais oficiais da organização. O jovem reconhece que este tipo de prémios, caso venha a vencer, «são muito importantes para o currículo» e podem chamar «a atenção das grandes empresas e marcas hoteleiras». Inicialmente um movimento, criado em 2009, e depois em formato concurso (a partir de 2012), o Jovem Talento da Gastronomia é direcionado «a jovens profissionais e estudantes de hotelaria e restauração», nas várias vertentes, cozinha, pastelaria, bar, serviço de sala e gestão e funciona como rampa de «lançamento para os participantes», explica a entidade promotora na sua página na internet.

O percurso do arrimalense

É verdade que atingiu a maioridade apenas no final do ano passado, mas as experiências profissionais de Leandro de Sousa já se acumulam. Começou a estudar na Escola de Hotelaria de Fátima em 2017, no curso de Técnico de Restaurante/Bar e terminou o curso no ano passado. Pelo meio teve três experiências em restaurantes reconhecidos, no Costa Brava na Benedita, num resort de luxo no Algarve, Vale d’Oliveiras, de cinco estrelas e por fim no restaurante Bon Bon, em Faro, premiado com uma estrela Michelin. A sua família e a envolvência com este ramo foram a chave para que o seu futuro passasse por este ramo. Do bisavô, à avó materna, passando pelos pais, vários são os membros da família que já trabalharam em cozinha ou com formações na área, mas é o seu irmão a sua maior fonte de inspiração: «O meu irmão, Leonardo Sousa,tem o curso profissional de Técnico de Restauração (Cozinha/Pastelaria) na Escola Profissional da Nazaré, um curso de especialização tecnológica de Gestão e Produção de Cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre e está a terminar neste momento uma licenciatura em Gastronomia na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra. Já realizou vários estágios em cozinhas de restaurantes e hotéis em Portugal e em Itália e está a desenvolver um trabalho gastronómico no âmbito da licenciatura, para o concelho de Porto de Mós», conta. Atualmente, Leandro de Sousa encontra-se a tirar outro curso, na área da Gestão de Restauração/Bar, na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril.

No futuro próximo, o jovem portomosense imagina-se a trabalhar «nos melhores bares do mundo» e daqui a uns anos tem como sonho «abrir um restaurante com o auxílio do irmão», o grande mentor. O local para o espaço já está escolhido, a sua terra natal. «Acho que é importante trazer coisas novas para as nossas terras, é importante para as aldeias que ainda não estão muito evoluídas, para poderem crescer», conclui.

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