Depois de uma interrupção de dois anos por conta da pandemia, o regresso foi em grande: mais de 600 motorizadas e motos e perto de 800 pessoas marcaram presença no 6.º Encontro de Motorizadas promovido pelo grupo As Mal Estimadas, de Serro Ventoso.
«Este ano foi o recorde dos recordes» diz, satisfeito, David Venda, um dos rostos da organização, explicando que «ainda na fase das pré-inscrições, quando se chegou às 500 e muitas, logo se percebeu que este ano haveria uma avalanche de participantes». O jovem mostra-se «orgulhoso da forma como o evento correu», reconhecendo, contudo, que «houve também algumas falhas». «Pedimos desculpa por coisas que correram menos bem, mas este encontro passou os limites todos de um passeio de motorizadas. Não fazemos vida disto e apesar de estarmos preparados para receber muita gente, não contávamos com tanta», diz, referindo que um dos ensinamentos a retirar é que para se manter a qualidade elevada tem de haver um limite de inscrições: «Serro Ventoso é uma aldeia e se queremos continuar a receber bem, não podemos ir muito mais longe do que fomos desta vez».
Em termos de logística, estiveram envolvidos dezenas de voluntários, entre elementos d’As Mal Estimadas e pessoas da terra, convidadas a dar a sua ajuda. A propósito, o responsável, mostra-se grato a todos esses colaboradores anónimos, assim como à Igreja de Serro Ventoso, Casa (Capela) de São Silvestre, Junta de Freguesia de Serro Ventoso, Câmara Municipal de Porto de Mós e padre Leonel Batista.
David Venda não tem dúvidas de que o encontro promovido por esta secção do Grupo Desportivo e Recreativo de Serro Ventoso «é um dos melhores do país». Além do convívio e do passeio, divulga-se também a terra, o que deixa a organização duplamente satisfeita. «Temos desde o jovem com 16 anos, que tirou a carta há pouco tempo, ao avô de 60 anos, que também decide vir dar um passeio. Vem muita gente da região mas também de fora. Este ano, por exemplo, tivemos pessoas de Lisboa, das Caldas da Rainha e dos lados de Coimbra», revela.
Em termos de programa, o encontro começou com a concentração e um “pequeno-almoço” nas traseiras do clube promotor. Depois, o “mega” grupo de motorizadas e motos seguiu em direção ao Chão das Pias, São Bento, fazendo uma pequena pausa na Serra de Santo António para beber uma ginginha e comer um pastel de nata. A paragem seguinte foi no kartódromo de Alcanede, onde houve um reforço alimentar, e mais tarde junto ao baloiço de Casais Monizes, para beber uma água. Novamente no concelho de Porto de Mós passaram por Arrimal e, na Bezerra, o padre Leonel Batista procedeu à cerimónia de bênção dos capacetes. Finalmente, o passeio terminou na sede, em Serro Ventoso, onde teve lugar o almoço-convívio.
Como é habitual foram entregues prémios ao maior grupo, neste caso Acimentados David’s e Vira-Copo. O prémio para o grupo que veio de mais longe foi para o Cicloondas, de Lisboa. A mota mais antiga, segundo o livrete, era de Francisco Coelho, do grupo Rodas D’Aço, da Tremoceira.