
Foto: isidro Bento
O Movimento Mira-Minde, em colaboração com o Circulo Cultural Mirense e a Casa do Povo de Minde, está a promover, até ao próximo dia 21 de março, três concursos com o intuito de valorizar um território comum: o Polje de Mira-Minde. «A Mata» como é localmente conhecida, está classificada pela UNESCO como Zona RAMSAR, ou seja, um reconhecimento que visa a proteção das Zonas Húmidas.
A ideia que surgiu no âmbito da celebração do Dia Internacional das Zonas Húmidas, a 2 de fevereiro, partiu de Minde, contudo, o Movimento Mira-Minde rapidamente se associou, tendo ambos começado a trabalhar em conjunto. «A ideia é sensibilizar as pessoas para a importância do Polje de Mira-Minde e para o potencial que ele tem, de nos trazer mais qualidade de vida», começa por explicar a O Portomosense, Miguel Tristão, um dos elementos do movimento.
O primeiro concurso designa-se por Concurso de Fotos e Vídeos da Mata, está aberto à «humanidade» e pretende-se com esse, que as pessoas participem através do «envio de cinco fotografias ou um vídeo do Polje de Mira-Minde». Até à data, Miguel Tristão adianta que já têm 10 participantes mas admite que até ao dia 21 de março, data limite de entrega, «apareçam muito mais». Posteriormente, a ideia é criar um «espólio de imagens», ou seja, uma «sistematização da informação com potencial de divulgação» para que depois se façam exposições nos «territórios aqui à volta».
Concurso de Ideias #AminhaMata é o nome de outro passatempo dirigido à comunidade escolar das freguesias de Mira de Aire e Minde, desde o pré-escolar até ao ensino secundário. Subordinado ao tema Se fosses tu que mandasses na Mata o que é que lá fazias?, Miguel Tristão refere que o objetivo é «pegar nas gerações mais novas e provocá-las». Nesse sentido, há uma série de métodos que podem seguir, como por exemplo, «identificarem o problema, tentarem arranjar solução e trabalharem em conjunto».
O último denomina-se de Concurso para Obras de Arte para Sinalizar a Mata como parte de uma Zona RAMSAR, e cuja finalidade passa por «criar dois marcos ao longo da Estrada Nacional 243», ou noutro ponto que seja fácil para os visitantes que passem pelas imediações do local, se aperceberem do Polje de Mira-Minde e da sua classificação. A ideia é que se elabore uma «peça artística que cative por si própria, que seja um ícone». Miguel Tristão faz a ressalva de que apesar de «não existirem meios financeiros» para a concretização e construção do projeto, a ideia é depois apresentarem essas obras às respetivas câmaras municipais e, caso considerem interessante, possam «eventualmente ser incluídas no respetivo Orçamento Participativo».
Os vencedores serão anunciados entre os dias 27 e 29 de março, no 1.º Encontro Português de Economia Solidária que irá decorrer em Mira de Aire e Minde, um evento em que todas as pessoas poderão participar e em que vão marcar presença diversas organizações oriundas de países como Espanha e França.