A notoriedade que interessa ir conquistando

6 Abril 2021

Isidro Bento

Avatar Isidro Bento | Jornal O Portomosense

A notoriedade que interessa ir conquistando

by | 6 Abr 2021

Porto de Mós tem uma presença cada vez mais regular nas páginas dos grandes jornais e revistas nacionais, nos canais de televisão em sinal aberto, mas também nalguns especializados por cabo, e ainda em várias páginas de referência na internet. Só esta quinzena contei duas situações dessas e não são caso único, nem de agora. Obviamente, não estou a incluir aqui as notícias a obras feitas, anunciadas ou ambicionadas, ou alguma ação em curso que decorra do normal funcionamento do Município, embora também a este nível se notem diferenças. De facto, Porto de Mós, que até há pouco mais de meia dúzia de anos raramente aparecia nos media nacionais que não fosse por maus motivos, começa a ver os seus pequenos grandes feitos a serem noticiados, nem que seja sob a forma de uma simples “breve”. Isto para dizer que o concelho vai conquistando a sua notoriedade e isso é bastante importante em termos turísticos, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Sentimo-nos orgulhosos de ver algum do nosso património natural ou construído ser alvo de referência a nível nacional, mas temos de ser honestos. Na maior parte das vezes é à boleia do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros ou dessa coisa estranha que alguns camaradas de profissão inventaram que é a Serra de Aire e Candeeiros. Nesses trabalhos, Porto de Mós em si nem sempre aparece como localidade (ou concelho) de referência, mas como um ponto de passagem para uma tal Fórnia, um espaço com cascatas muito bonitas, algures num qualquer ponto dos 39 mil hectares de área de parque natural. Não é mau, mas, a mim, como munícipe orgulhoso do meu concelho, sabe-me a pouco, embora como jornalista tenha perfeita noção do porquê disso acontecer e não raras vezes acabo por usar o mesmo critério relativamente a outras realidades locais.

É certo que, como alguém me dizia esta semana, também a Serra da Estrela é muito mais conhecida como realidade única, que pelos concelhos que a constituem, mas se conseguirmos ter e promover coisas que centrem com mais frequência os holofotes mediáticos na nossa terra, melhor. No fundo, o que defendo não é desprezar a marca “PNSAC”, que está em ascensão em termos de notoriedade pública, o que é excelente para nós, mas dentro dessa realidade “macro” tentar conquistar a maior visibilidade possível, isto, claro, com base na realidade efetiva e não numa inventada à pressa, em uma qualquer agência de publicidade deste país.

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