A notoriedade que interessa ir conquistando
Sentimo-nos orgulhosos de ver algum do nosso património natural ou construído ser alvo de referência a nível nacional, mas temos de ser honestos. Na maior parte das vezes é à boleia do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros ou dessa coisa estranha que alguns camaradas de profissão inventaram que é a Serra de Aire e Candeeiros. Nesses trabalhos, Porto de Mós em si nem sempre aparece como localidade (ou concelho) de referência, mas como um ponto de passagem para uma tal Fórnia, um espaço com cascatas muito bonitas, algures num qualquer ponto dos 39 mil hectares de área de parque natural. Não é mau, mas, a mim, como munícipe orgulhoso do meu concelho, sabe-me a pouco, embora como jornalista tenha perfeita noção do porquê disso acontecer e não raras vezes acabo por usar o mesmo critério relativamente a outras realidades locais.
É certo que, como alguém me dizia esta semana, também a Serra da Estrela é muito mais conhecida como realidade única, que pelos concelhos que a constituem, mas se conseguirmos ter e promover coisas que centrem com mais frequência os holofotes mediáticos na nossa terra, melhor. No fundo, o que defendo não é desprezar a marca “PNSAC”, que está em ascensão em termos de notoriedade pública, o que é excelente para nós, mas dentro dessa realidade “macro” tentar conquistar a maior visibilidade possível, isto, claro, com base na realidade efetiva e não numa inventada à pressa, em uma qualquer agência de publicidade deste país.