A Agência funerária “Jaime Mós” inaugurou no passado dia 13 de janeiro, nas Pedreiras, um centro funerário único a nível distrital.
A nova unidade, instalada numa antiga casa de habitação que há menos de um ano se encontrava quase em ruínas e que foi agora alvo de intervenção profunda, conta com um espaço para preparação e refrigeração dos corpos, uma sala velório, área de exposição/venda de material funerário, escritório e sanitários. Anexo ao edíficio principal há, ainda, um espaço de armazém e garagem.
“Não tenho a pretensão de conhecer tudo, mas daquilo que conheço penso que este será o primeiro centro do género no distrito. Algumas agências já tem sala para preparação dos corpos, bem como o sistema de refrigeração, mas a nossa será a primeira que a isso, e às valências normais de uma agência funerária, junta uma sala para velório e com a particularidade de ser não confessional”, explica a O Portomosense, Reinaldo Virgílio, sócio-gerente da Jaime Mós.
“Este centro não nasce de um qualquer capricho mas de uma necessidade real que temos vindo a notar cada vez com mais frequência. Embora algumas casas velório não possuam qualquer símbolo que as identifique com a religião católica, a maioria ainda os tem, e há famílias que professam religiões diferentes ou que, simplesmente, não são crentes, e que preferiam que os seus entes queridos fossem velados ou que a cerimónia de despedida tivesse lugar em espaços sem qualquer conotação religiosa, e a nossa sala dá resposta a essa necessidade”, refere o responsável.
“Há também casos em que as famílias preferem cerimónias mais discretas ou, por necessidade ou vontade, mais rápidas, e também aí o nosso centro se revela uma mais-valia. O carro funerário entra e sai, quase sem se dar por ele. O corpo é de imediato conduzido à sala de preparação e depois de devidamente preparado segue para a sala velório. No dia e hora marcados, é conduzido à igreja, ao cemitério ou ao centro de cremação consoante a vontade da família”, acrescenta Reinaldo Virgílio.
“Há outro fator que foi tido em conta quando pensámos numa sala para preparar os corpos: se o falecimento se dá no hospital, lá temos as condições indispensáveis para trabalhar e caso seja necessário esperar que algum familiar chegue do estrangeiro, o corpo pode ficar nas câmaras frigorificas do hospital, mas se a morte se dá em casa ou nos lares (algo cada vez mais frequente), a situação complica-se e então se tivermos tanto o espaço de preparação como de refrigeração, deixa de haver esse problema”, adianta.
Entre a aquisição da casa e terreno anexo e sua total remodelação para ali nascer o primeiro centro funerário do distrito, foram investidos largos milhares de euros, mas Reinaldo Virgílio considera que o avultado investimento valeu a pena pelas valências que agora são colocadas ao dispor da população e pelo resultado final da obra. “Partimos de uma casa bastante degradada, quase em ruínas, para um espaço que respeitando a traça inicial se enquadra perfeitamente na zona envolvente e que, embora sem luxos, está preparada para o fim a que se destina, nomeadamente, com a valência de sala velório. É uma casa bonita por dentro e por fora, numa zona sossegada, e com espaço para estacionamento (que pode vir a aumentar caso se mostre necessário)”, frisa o responsável.
O espaço é não confessional, ou seja, não está ligado a qualquer religião, podendo acolher crentes e não crentes mas Reinaldo Virgílio assume-se como católico e por isso fez questão de que no dia da inauguração se realizasse o cerimonial de bênção das instalações, conduzido pelo pároco local, Pe. António Cardoso. A seguir, numa breve intervenção, agradeceu a presença de todos e sublinhou aquilo que já tinha dito a O Portomosense: Trata-se do primeiro centro funerário do distrito, responde a uma necessidade efetiva da população e da própria funerária, e está aberto a todos, sem exceção. Goza ainda de bastantes boas condições para o fim a que se destina.
Antes da visita às instalações, o presidente da Junta de Freguesia das Pedreiras expressou publicamente a sua satisfação por ver chegar à freguesia mais uma empresa, augurando-lhe os maiores sucessos. Aproveitou, ainda, para oferecer a Reinaldo Virgílio, enquanto elemento da gerência, a monografia da freguesia da autoria de Armindo Vieira.
Entre muitos convidados anónimos, estiveram o vereador da Câmara Municipal de Porto de Mós, Marco Lopes, e os presidentes das Juntas de Freguesia de Pedreiras, Juncal, Calvaria de Cima e Porto de Mós, respetivamente, Rogério Vieira, João Carlos Ferreira, Margarida Santos e Manuel Barroso. No final, foi servido um Porto de Honra.
ISIDRO BENTO | texto e fotos