Estão a decorrer até 1 de março as candidaturas ao Orçamento Participativo das Escolas (OPE), do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós (AEPM), designado OPE – Agora a sério, tu fazes a diferença!. A iniciativa destina-se «aos estudantes do 3.º ciclo do ensino básico e/ou do ensino secundário» que frequentem as escolas de Porto de Mós e de Mira de Aire. O objetivo é «identificarem as melhorias pretendidas na escola, através da aquisição de bens ou serviços». A coordenadora da medida, a professora Maria João Mendonça, disse a O Portomosense que esta iniciativa estimula os alunos «a criarem um melhor ambiente dentro da escola, do espaço que é deles, e visa essencialmente dar-lhes voz», acrescentando que «quando a escola tem melhores condições, melhor os estudantes se sentem no espaço escolar».
O Orçamento Participativo do AEPM «é um projeto que existe há poucos anos, mas no qual os alunos sempre participaram de forma ativa», segundo explicou a coordenadora, referindo que é uma oportunidade para os estudantes revelarem «o que querem e as suas pretensões», no âmbito de uma envolvente escolar. A pandemia tem dificultado o contacto entre professores e alunos, o que se reflete na ausência, para já, de «feedback por parte dos estudantes, relativamente ao OPE», contudo, Maria João Mendonça aguarda que isso aconteça «após a retoma do ensino à distância», com regresso previsto para 8 de fevereiro, em todos os estabelecimentos de ensino, segundo o Governo.
O Agrupamento informou que à Escola Secundária de Porto de Mós «será atribuída uma verba de 711 euros», enquanto à de Mira de Aire será de «500 euros». Além disso «os proponentes podem também desenvolver atividades de angariação de fundos para as suas propostas, junto da comunidade local», como um complemento ao valor atribuído à sua escola.
As propostas «podem ser individuais ou em grupo, com um máximo de cinco alunos», sendo que estas «terão de ser apoiadas, por, pelo menos, 5% dos estudantes» abrangidos. «Terão de ser entregues até 1 de março», e votadas, pelos alunos, dia 24 do mesmo mês, sendo que, naturalmente, «a vencedora será a que obtiver maior número de votos».
Segundo o regulamento, citado pela professora, a proposta que ganhe «deve ser concretizada até ao dia 31 de dezembro do ano civil». «Estas são as datas que estão previstas no regulamento», conforme explicou a coordenadora, porém, o calendário «pode sofrer alterações por parte do Ministério da Educação, tendo em conta a atual situação de pandemia», alertou ainda Maria João Mendonça.