CultivaLaços, um projeto que está a ser promovido pela Ala D’Artistas – Associação Cultural e Artística, foi contemplado pelo Prémio BPI Fundação la Caixa Infância. Este programa, que vai arrancar no início do próximo ano, recebeu uma dotação de 50 mil euros – dos 1,4 milhões de euros destinados aos 39 projetos selecionados para o prémio – que é «fundamental para viabilizar um programa que fará a diferença na vida das crianças e jovens de Aljubarrota e localidades circundantes», referiu a promotora do projeto, em comunicado.
O diretor artístico da Ala D’Artistas, Fábio Sílex, explica a’O Portomosense as linhas orientadoras: «O CultivaLaços baseia-se num programa de uma vertente mais social, embora tentemos sempre abranger a vertente das artes, mas aqui é para tentar a abraçar a vertente social direcionado para crianças e jovens e para a comunidade em situação de vulnerabilidade». O CultivaLaços pretende atuar em parceria com escolas, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras entidades interessadas, junto de menores em situações de risco que, em muitos dos casos, são sinalizados por estes parceiros.
«Estamos a fazer o estudo, entre diversas IPSS, associações e escolas, para perceber quais são as necessidades de cada um, para podermos repartir estas 21 atividades ao longo do ano. Pelo menos aqui, a intenção será irmos ao encontro destas comunidades durante este projeto», explica o diretor artístico.
Entre as atividades mencionadas, que serão gratuitas para os jovens que participarem, estão sessões em gabinetes de psicologia, ateliês artísticos e criativos, clubes de fotografia e de cinema e também sessões de esclarecimento da vertente da vida adulta, entre outras iniciativas.
Estas atividades, indica Fábio Sílex, serão realizadas, maioritariamente, em Aljubarrota e na região de Cister, com o apoio de vários parceiros. «A nossa intenção será sempre catalisar algumas atividades que consigam ir rodando pelo território, embora depois tenhamos algumas mais específicas, por exemplo o gabinete de psicologia ou o gabinete médico, e a parte também ligada ao desporto. Aí temos, pelo menos, a intenção que seja mais focada para Aljubarrota, tendo em conta a sua carência, mas depois temos workshops, palestras e outras atividades que facilmente conseguem ser mais periódicas e rodar por diferentes instituições», frisa.
O projeto, que conta com a parceria da FDF – Formação e Consultoria, Lda para prestar formação aos responsáveis das instituições, ainda não começou, estando previsto que decorra a partir de janeiro e que finalize em novembro. Depois disso, o diretor artístico admite a possibilidade de continuar. «A intenção é que, embora isto seja o projeto de um ano, nós ao começar não abandonemos estes beneficiários. Queremos continuar depois com este projeto, mesmo com outros apoios ou com o mesmo protocolo com o BPI e a La Caixa […] a intenção será dar aqui uma continuidade embora este ano estejamos focados no ambiente mais pequeno», diz Fábio Sílex.
Foto | DR