Alergias: como se manifestam e como podem ser evitadas?

31 Julho 2023

Rita Santos Batista

Este mês assinalou-se o Dia Mundial da Alergia (8 de julho), uma iniciativa conjunta entre a Organização Mundial da Saúde e a World Allergy Organization. Para assinalar a data, O Portomosense levou a cabo uma pesquisa sobre a especialidade que se dedica ao tratamento das alergias, alguns sinais de alerta da problemática e cuidados que devem ter as pessoas alérgicas, bem como quem as rodeia.

Em Portugal, e de acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, estima-se que as alergias afetem cerca de um terço da população e as mais comuns são sobretudo as alimentares e as respiratórias – a pólenes, ácaros, fungos e pelos de animais. Nos adultos, as alergias a alimentos como o marisco, peixes e determinadas frutas são as mais frequentes e nas crianças, as alergias alimentares são essencialmente às proteínas do leite de vaca, mariscos e ovos. Coceira, inchaços nos lábios, vómitos, diarreia, pele irritada e rouquidão são os principais sintomas deste tipo de alergias. Por outro lado os espirros, a falta de ar, a tosse, a coceira nos olhos e as dores de cabeça manifestam-se sobretudo em pessoas com alergias respiratórias. As reações alérgicas podem também ser a medicamentos e, nesse caso, as náuseas ou vómitos e as dificuldades respiratórias são os sintomas mais frequentes. Existem ainda as designadas alergias sazonais, desencadeadas com a exposição a agentes – alérgenios como o pólen de flores ou árvores.

Em relação ao tratamento destas «respostas exageradas do organismo» são apresentadas no site da CUF algumas possibilidades de intervenção, através de medicamentos sintomáticos e preventivos, que atuam no alívio dos sintomas e no combate da alergia, e as vacinas anti-alérgicas são também uma das opções indicadas para tratar determinado tipo de alergias, revelando-se um tratamento com «grande eficácia». No entanto, todos os tratamentos têm de ser administrados corretamente e sob a vigilância estrita do médico da especialidade de Imunoalergologia.

A CUF explica ainda que «muitas das doenças alérgicas são genéticas, no entanto existem outros fatores de risco relacionados com o estilo de vida das sociedades ocidentais», tais como «o sedentarismo, a alteração da dieta, a obesidade, a poluição, a exposição a alergénios e o consumo excessivo de medicamentos, nomeadamente de antibióticos», que tem contribuindo para o «aumento da expressão quase explosiva que ocorreu nas doenças alérgicas nas últimas décadas».

Cuidados a ter por pessoas alérgicas

No interior:

• Manter um arejamento e ventilação adequadas;

• Evitar alcatifas e carpetes, substituindo-os por pavimentos de linóleo, mosaico ou madeira envernizada;

• Utilizar colchões recentes, com menos de um ano;

• Colocar coberturas anti ácaros nos colchões e almofadas;

• Utilizar lençóis de algodão e edredão sintético;

• Lavar a roupa da cama e as cobertas plásticas com água a temperaturas superiores a 50ºC;

• Remover do quarto peluches ou objetos que acumulem pó;

• Usar aspirador com filtro de alta eficiência (HEPA);

• Controlar a humidade relativa em valor inferior a 50%;

No exterior:

• Evitar ir para o campo durante os períodos de grande concentração de pólenes, em especial durante a manhã;

• Conhecer o boletim polínico da região (disponível no site da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica);

• Planear viagens de trabalho ou férias elegendo alturas do ano e locais livres dos pólenes para os quais é alérgico;

• Manter as janelas fechadas durante o dia em casa, optando por fazer ventilação ao entardecer;

• Usar óculos escuros;

• Viajar de carro com as janelas fechadas, sendo que os motociclistas devem usar capacete integral.

Fonte | CUF

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