É já amanhã, sexta-feira, que se inicia o ciclo de mesas-redondas inserido no programa concelhio das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Inspirado nos três objetivos traçados pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para aquela que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos – democratizar, descolonizar e desenvolver – dedica a sua primeira sessão à democratização.
A mesa-redonda terá lugar pelas 21 horas no Salão Nobre Dr. Licínio Moreira da Silva, no edifício dos Gorjões, e terá como participantes a antiga deputada europeia e atual comentadora televisiva, Ana Gomes; Carlos Beato, capitão de Abril; e Cristina Vila Verde, advogada e presidente da Assembleia de Freguesia de Mira de Aire.
A propósito desta primeira sessão, o presidente da Câmara, Jorge Vala, justificou a presença de Ana Gomes no painel por tudo o que a antiga diplomata e destacada militante socialista tem feito «em prol das liberdades e da democracia», referindo, ainda, a título de curiosidade, que a mesma tem raízes familiares em Porto de Mós. Já Carlos Beato é por ser um dos capitães de Abril e ter estado na madrugada libertadora ao lado de Salgueiro Maia na coluna que saiu de Santarém em direção a Lisboa. E havendo duas pessoas na mesa que viveram no período anterior ao 25 de Abril, entendeu-se que seria interessante ouvir também o testemunho de uma terceira pessoa «que exerce, igualmente, funções públicas mas que já nasceu no pós 25 de Abril».
A segunda mesa-redonda terá lugar a 15 de março e será dedicada ao desenvolvimento. O painel está a ser organizado por António Ramalho, economista que ao longo da sua carreira esteve à frente de várias instituições de relevo, sendo que uma das mais recentes foi o Novo Banco, e é o atual presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota.
A terceira, sobre descolonização, tem a coordenação do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, o portomosense Luís Amado, que preside à comissão de honra das comemorações locais dos 50 anos do 25 de Abril e que, como sublinhou o presidente da Câmara, «tem uma ligação fortíssima aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)».
Uma vez que o segundo e terceiro painéis ainda estão em “construção”, não foi adiantado qualquer nome em termos de oradores.
Foto | DR