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Antevisão da época 2023/24: CCR Dom Fuas

20 Setembro 2023
Luís Vieira Cruz

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Luís Vieira Cruz

20 Set, 2023

Presidente: “Se ficarmos em primeiro, melhor, mas o clube não entra em euforias”

As 10 vitórias e os cinco empates conquistados na época passada garantiram 35 pontos ao CCR Dom Fuas, o suficiente para que o clube com sede em Fonte de Oleiro alcançasse a décima posição na 1.ª Divisão Distrital Série B da AF Leiria. Estes números podem ser difíceis de bater, uma vez que houve uma grande revolução no plantel e que o treinador é também novo, mas para o presidente, Alexandre Inácio, a ambição é «fazer um campeonato dentro das possibilidades e conseguir o melhor possível em termos de classificação final no campeonato». Vencê-lo será complicado, dado o contexto atual do clube, assume, mas o sonho com o primeiro lugar continua a ser alimentado: «Se a malta estiver galvanizada, acredito que podemos ganhar todos os jogos. O campeonato já sabemos que é muito competitivo e, por regra, as deslocações à zona sul do distrito são complicadas para qualquer equipa, mas tudo vai depender daquilo que entretanto for acontecendo. Se ficarmos em primeiro, melhor, mas há que ter em conta a nossa situação financeira», adverte Inácio.

Neste campeonato, que para o CCR Dom Fuas começa apenas em outubro com uma receção ao Pederneirense, o presidente do clube afirma que abordou o mercado na esperança de «ir buscar o melhor possível para fazer uma equipa competitiva», mas salienta que «não é fácil encontrar jogadores que queiram jogar “de borla”». Rejeitando «entrar em euforias», os planos passam por manter as únicas ajudas que o clube se permite dar, sempre em nome da estabilidade financeira, que se traduzem acima de tudo na lavagem de equipamentos.

Para Alexandre Inácio, «as ajudas monetárias são para outros campeonatos», mas o seu trunfo pode mesmo estar no banco. Luís Inácio, que também é vice-presidente e foi treinador-adjunto na época passada, estreia-se no comando principal. «A sua experiência enquanto jogador, aliada ao apoio do também elemento da equipa técnica João Vala, que foi guarda-redes na I Divisão Nacional, pode trazer bons resultados», vinca o presidente.

Dirigindo-se à massa adepta do clube, o responsável espera «ainda mais apoio, tanto em casa como fora», e considera que o facto de ter «um treinador da casa» pode vir a suscitar o interesse de mais adeptos ao longo desta campanha.

Treinador: “Abracei este projeto por gostar da terra”

Uma vez convidado a assumir a equipa sénior do CCR Dom Fuas, Luís Inácio não pestanejou. O facto de ser da Fonte de Oleiro fez com que decidisse abraçar «este projeto por gostar da terra e das suas gentes».

Neste momento, o jovem treinador, com o curso recém-tirado, não coloca a fasquia tão alta como Alexandre Inácio: «Estamos a fazer uma equipa praticamente nova. Perdemos metade dos jogadores do ano passado e o nosso objetivo passa por fazer o melhor possível, talvez até melhor que o ano passado, mas veremos». Como treinador-adjunto da antiga equipa técnica, não foi surpresa para Inácio que muitos atletas abandonassem o clube, ora por terminarem as respetivas carreira ou seguirem para outros clubes, ora por lesões prolongadas, mas esta situação foi encarada como uma oportunidade de «dar um refresh ao plantel», como explicou ao nosso jornal.

«O que queremos agora é fazer uma equipa jovem para andar pelo meio da tabela, mas que nos permita subir de nível nos próximos anos. Para o imediato, é importante unir as gentes de Fonte de Oleiro. Antigamente o pavilhão estava sempre cheio e agora poucos são os que vêm ver. No entanto, acredito que esta nova fase vai gerar expectativa e que as pessoas vão voltar para nos ver jogar», acredita.

Na opinião do técnico, esta fase inicial «está a correr melhor que o esperado». Há 20 atletas no plantel, com quem trabalha há já mais de duas semanas, e destes “apenas” 16 ficarão entre os seus selecionados.

Na sua equipa, Luís Inácio gosta de ter «jogadores com profundo conhecimento da modalidade», embora até este requisito tenha que ter sido alargado. No grupo há cerca de seis jovens que vieram do futebol de 11, pelo que Inácio não espera «que estes façam logo o mesmo que os colegas que jogam em pavilhão há 10 ou 15 anos». Mas se este critério pôde ser negociado, há algo de que o treinador não abdica: «Pedi a todos forte compromisso e disse-lhes para deixarem sempre tudo em campo. As questões táticas são importantes, sim, mas vamos todos adquiri-las ao longo do ano. Agora espero que este grupo seja coeso e que sinta que pode vencer em todo o lado».

Enquanto treinador, Luís Inácio tentará «ao máximo que tudo corra bem» e diz esperar que os seus atletas o ajudem tanto quanto ele espera ajudá-los este ano. «Como a maior parte dos jogadores me conhece, eles sabem que podem estar sempre à vontade para discutir qualquer questão comigo, seja ela relacionada com os treinos e jogos ou assuntos afetos aos meus deveres na direção. Tento ser uma ponte entre o grupo de trabalho e o presidente e sei que tenho um grupo fantástico e que me apoia. Alguns deles voltaram este ano porque seria eu a assumir o cargo», frisou.

Neste «ano zero», como apelida, Inácio espera poder lançar as bases para que num futuro próximo possa disputar a subida de divisão.

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