O Posto de Turismo de Porto de Mós acolhe, desde 18 de setembro, a exposição Expressões em Madeira, do artesão Joel Leirião, natural da Ribeira de Cima. Esta exibição, de peças aparentemente distintas, retrata o artesão que as criou, alguém que procura «explorar muita coisa» e «experimentar outras coisas».
O começo de uma paixão
A’O Portomosense, o artista, de 31 anos, conta que esta paixão pelos trabalhos em madeira é algo recente: «O gosto surgiu mais na altura da pandemia, porque não tinha nenhum hobby, apenas fazia desporto e andava de skate, mas sempre gostei muito da área, de mexer com as mãos em matéria». Durante esse período Joel decidiu pegar nas ferramentas do pai, abrir o YouTube e dedicar-se a aprender a trabalhar em madeira.
«Tentei fazer coisas mais básicas e o gosto foi crescendo, fui-me interessando cada vez mais», acrescenta. Este novo gosto levou-o a realizar uma formação no Centro de Formação Profissional para a Indústria e Cerâmica (CENCAL), e também «e um ou dois workshops», mas «nada de cursos». Quando começou a trabalhar com a madeira, aproveitando algumas «ferramentas básicas» do seu pai, as primeiras peças que criou eram cinzeiros. Depois, decidiu aventurar-se com peças que diz serem «mais úteis», como colheres. «Vi um curso online de fazer colheres e depois comecei a fazer muito mais disso, colheres, facas de manteiga, por aí», justifica.
Mais tarde, querendo «explorar a parte mais abstrata e não tanto da utilidade», decidiu criar jarras, decorações de parede e até mesmo quadros com texturas e relevos.
A primeira de muitas oportunidades
Depois de feitas as peças, Joel percorre várias feiras por todo o país, sendo que prefere mais a da Ericeira, «devido ao fluxo de turistas».
Esta exposição, que realizou a convite do Posto de Turismo de Porto de Mós, foi a sua primeira, e o artesão ainda não sabe o que vem a seguir: «Eu já deixei de ter essas metas, acho que é mais as coisas que vão surgindo, as oportunidades vão surgindo […]. Eu quero experimentar outras coisas, quero fazer outras coisas, e logo se vê o que vai acontecer a seguir».
A exposição está patente até domingo, 13 de dezembro.
Foto | CMPM
