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“As pessoas quando se dirigem ao stand já vão com a decisão quase tomada”

28 Janeiro 2021
Jéssica Silva

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Jéssica Silva

28 Jan, 2021

Que a pandemia obrigou os vários setores de atividade a adaptarem-se à nova realidade já não é novidade para ninguém, o que provavelmente não sabia é que, devido à COVID-19, a maior parte das pessoas quando pensa em comprar um carro e se dirige ao stand, já vai com a decisão «quase tomada». Sim, leu bem. Parece que os antigos «passeios de fim-de-semana» ao stand acabaram, dando lugar a uma pesquisa intensiva sobre automóveis nas páginas de internet. «Em vez de andar à procura de carros no stand, o cliente agarra no computador, faz a busca e vai-nos colocando questões digitalmente. Quando já selecionou o carro e está esclarecido, então desloca-se ao espaço», explica Octávio Filipe. O proprietário da CO2 Auto, uma empresa que vende carros usados e semi-novos, garante que esta foi a «grande transformação» trazida pela COVID-19 com reflexo na taxa de sucesso das vendas: «Em cada 10 pessoas que nos entram aqui, temos uma taxa de negócio na casa dos 50%». Ainda assim, a percentagem de clientes que telefonam para comprar um carro «sem o ver» é muito residual, «menos de 1%», ressalva. Também Virgílio Silva, chefe de vendas da Ondal, assegura que, hoje em dia, a afluência direta ao stand está «cada vez menor»: «Os clientes já trazem o modelo que querem em vista e apenas pretendem saber algumas especificações do carro, tendo em conta que já sabem quase tudo sobre ele».

Na dificuldade ou até mesmo na impossibilidade das pessoas se deslocarem, Octávio Filipe admite que teve de fazer uma aposta «muito mais forte» nas «plataformas digitais» e na publicidade feita através dos «meios de comunicação social». «Tivemos de ir à procura do cliente e arranjar forma de chegar a casa dele», afirma o empresário. Paralelamente, procedeu-se a uma «otimização dos sites» que apesar de reconhecer que já eram importantes, esclarece, a chegada da pandemia levou a que estes passassem a ter uma importância «muito maior». Por sua vez, também Virgílio Silva, assume que existiu a necessidade de melhorar a presença nas redes sociais porque, justifica, «não existe outra maneira de chegar ao cliente». É lá que potenciais clientes poderão observar as «propostas e campanhas em vigor» nesse concessionário Honda, sem que para isso tenham que se deslocar ao espaço físico.

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