A próxima sessão da Assembleia Municipal (AM) vai decorrer no Cineteatro de Porto de Mós, no dia 22 de fevereiro, a partir das 19 horas. Esta sessão terá a particularidade de contar com a presença dos alunos do 12.º ano do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós e do Instituto Educativo do Juncal. Segundo a presidente da AM, Clarisse Louro, a previsão é que estejam presentes «cerca de 150 jovens, juntamente com os seus professores e educadores».
Clarisse Louro explicou a O Portomosense que quando se candidatou, percebeu que «os jovens nem sequer sabiam o que era a AM», então a autarca comprometeu-se a fazê-los perceber a importância deste órgão. Depois de reunir com os diretores das escolas, acordou-se que os professores de disciplinas que possam relacionar-se com política vão elucidar os alunos sobre o tema, para depois participarem numa sessão, e «entenderem o que é realmente a AM», esclareceu.
A presidente considera que esta «é uma forma de mostrar o papel da AM, assim como de envolver os jovens nas políticas locais e fazê-los sentir que é um papel importante no direito à cidadania». Clarisse Louro disse ter noção que os jovens «não estão muito motivados porque pensam que [a política] é uma coisa que ainda não lhes diz respeito», no entanto acha que cabe aos políticos “de agora” e à população em geral «orientá-los nesse sentido».
A sessão do dia 22 vai iniciar-se com a intervenção de um palestrante que vai falar sobre o tema Envolvimento nas políticas locais como um dever de cidadania.
Mudança de paradigma
«Gostava de ter Porto de Mós “em peso” a participar nas Assembleias porque é lá que se devem discutir os verdadeiros problemas e anseios da população, é a casa da democracia, uma casa aberta onde todos devem participar», refere Clarisse Louro. De facto, o problema da fraca assistência e participação da população tem sido um tema amplamente abordado em diversas situações. A presidente da AM afirma que nas sessões descentralizadas, «a população já começa a ir», no entanto, considera que «há a necessidade de haver uma mudança de paradigma», já que as sessões têm uma estrutura muito rígida, havendo pontos que têm de ser discutidos por «imposição da lei» e que, por esse motivo, «não são muito atrativas».
Co-Autor: Iolanda Nunes