O Município de Porto de Mós quer criar várias ciclovias no concelho e a primeira a avançar deverá ser a da Ribeira de Cima. De acordo com o presidente da Câmara, Jorge Vala, a obra já deveria ter avançado há alguns meses, na sequência da intervenção levada a cabo na Rua Principal em que, entre outras melhorias a nível de infraestruturas, «foi feita a substituição da conduta da água que ainda era em fibrocimento». No entanto, como parte dos trabalhos será assegurada por uma empresa contratada pelas Estradas de Portugal que está a finalizar uma outra obra, a intervenção está atrasada.
«A Estradas de Portugal (EP) anunciou-nos que ia pavimentar aquele troço da EN 243 até ao Figueiredo (que bem precisa). Pedimos-lhe para adiarem para que pudéssemos substituir a conduta (o que seria bom para ambos porque de cada vez que há uma rotura, há também um “remendo” da estrada). Isto levou a que a (EP) suspendesse a empreitada para que pudéssemos lançar o concurso público e fazer a obra, havendo da nossa parte o compromisso de tudo estar concluído até 30 de junho ou início de julho, o que aconteceu», conta o autarca.
«O empreiteiro é o que está no troço do IC2 Benedita/Rio Maior e como a obra se atrasou a EP não autoriza a saída de lá enquanto não estiver concluída, mas o engenheiro da EP responsável por esta parte da manutenção de vias disse-me há poucos dias que até ao final do ano a nossa [da Ribeira de Cima] ficará concluída», reforça.
Segundo Jorge Vala, na altura, EP e Município acordaram que uma vez que a empresa vai pavimentar a estrada, pavimentará também o espaço do lado direito (no sentido Porto de Mós/Serro Ventoso), onde antes existia um passeio em calçada (que foi arrancado na sequência da substituição da conduta de água), para aí nascer uma ciclovia. A pintura dessa parte, com cerca de 1,5 a 2 metros, ficará a cargo do Município, bem como a colocação dos pinos de delimitação. No futuro, a intenção é que Porto de Mós e a Ribeira de Cima fiquem ligados por esta via ciclável.
«Com esta intervenção, a população fica melhor servida: de um lado tem uma ciclovia e do outro, um passeio que foi alvo de intervenção recente já a pensar nesse fim. Futuramente, é nossa intenção ligar a zona do Parque Almirante Vítor Trigueiros Crespo à Ribeira de Cima pela Boavista. Vamos tirar o corredor central da atual Avenida Dr. Licínio Moreira da Silva e torná-la numa rua normal, porque aquilo nem é uma avenida nem uma variante. É uma rua e sendo uma rua vamos fazer como na Ribeira de Cima, de um lado ciclovia, do outro, passeio. Com isto teremos um circuito urbano completo», adianta o autarca.
Estudo sobre trânsito automóvel atrasado
O estudo sobre o trânsito automóvel nas vilas de Porto de Mós, Mira de Aire e Juncal, há vários anos prometido, está a ser elaborado mas ainda sem prazo de conclusão à vista, confirmou o presidente da Câmara, Jorge Vala, na última sessão da Assembleia Municipal.
Questionado pelo presidente da Junta de Freguesia do Juncal, Artur Louceiro, que o confrontou com um rol de problemas na vila mas também em vários lugares, desde trânsito desordenado por falta de sinalização eficiente e em quantidade, até problemas de segurança por excesso de velocidade praticado por muitos condutores, Jorge Vala começou por esclarecer que o referido estudo se destina, apenas, às três vilas.
O autarca garantiu que quando o mesmo estiver concluído, os três presidentes de Junta serão chamados a uma reunião para analisar as conclusões e propostas e decidir o que houver para decidir. Tal como já o tinha feito no passado, deixou no ar a ideia de que Câmara e Juntas terão, nessa altura, de tomar decisões difíceis, mas que têm mesmo de ser tomadas a bem de toda a comunidade. Sem adiantar pormenores, exemplificou com a hipótese de algumas ruas das três vilas poderem passar a ser de sentido único o que, inevitavelmente, irá prejudicar algumas pessoas que agora «têm o privilégio de chegar rapidamente a casa».
