Jorge Vala (PSD), Marcos Ramos (Iniciativa Liberal) e Fernando Quaresma Gomes (PS): para já – e até à data do fecho desta edição – são estes os candidatos à Câmara Municipal de Porto de Mós anunciados pelos partidos. O atual presidente de Câmara, Jorge Vala, foi o primeiro a anunciar a sua recandidatura. Na altura desse anúncio, o candidato do PSD, que caso vença vai cumprir o terceiro e último mandato, explicou que o executivo tinha uma «estratégia» com objetivos definidos e que «estes objetivos serão alcançados a uma percentagem substancialmente acima, com mais quatro anos». O PSD foi, também até ao fecho desta edição, o único partido que fez uma apresentação formal do seu candidato (bem como dos candidatos de Junta e Assembleia Municipal), onde Jorge Vala traça os objetivos para um novo mandato, caso eleito [ver artigo na página 3].
A Iniciativa Liberal foi a segunda força política a apresentar o seu candidato: Marcos Ramos. «Licenciado em Gestão e Pós-Graduado em Análise Financeira, tem 43 anos, é casado e tem um filho. Reside no concelho de Porto de Mós desde que nasceu, com algumas pausas para estudos e trabalho, conhecendo com profundidade os desafios e oportunidades neste município. Tem 23 anos de experiência profissional ligada ao setor empresarial, sobretudo pequenas e médias empresas, economia e investimento», assim apresentou o partido. Em declarações a’O Portomosense, Marcos Ramos explicou a sua candidatura: «As motivações prendem-se com o facto de identificarmos a necessidade de uma alternativa para o presente e sobretudo para o futuro de Porto de Mós. A liberdade não é só uma bandeira nacional. É uma ferramenta local para resolver problemas reais das pessoas». «Daí estarmos a construir uma candidatura de soluções concretas e aberta à sociedade civil, que acredita que o concelho tem potencial económico, talento e riqueza natural e cultural para prosperar», acrescenta.
«Defendemos uma Câmara Municipal que não atrapalha, mas sim facilita, e que governa com transparência, eficiência e proximidade. Queremos um concelho que ouve, que explica e que age, para que as pessoas tenham liberdade para criar e trabalhar. Liberdade para viver bem».
Marcos Ramos revela quatro pilares da sua candidatura: «Transparência e Eficiência – mais transparência e menos burocracia nos órgãos e processos locais e maior eficiência dos serviços; Desenvolvimento e Sustentabilidade – atração e promoção das atividades económicas, respeitando o enquadramento ambiental; Mobilidade e Segurança – um concelho conectado de forma sustentável, que permita aos cidadãos circular e viver em segurança e Envolvimento Social e Cooperação – os órgãos autárquicos devem promover o envolvimento cívico das pessoas e associações, facilitando o processo e retirando barreiras. O poder de uma comunidade dinâmica é muito importante para que a sociedade avance».
O PS anunciou o mirense Fernando Quaresma Gomes como o seu candidato à Câmara Municipal. «Natural de Mira de Aire, com 40 anos, Fernando Quaresma Gomes é empresário desde os 23 anos, sendo um exemplo de resiliência, coragem e dedicação ao trabalho. Ao longo do seu percurso profissional, construiu uma carreira sólida e diversificada em vários setores da economia, como a restauração e bebidas; comércio automóvel internacional, com atuação no setor da importação e exportação em diversos mercados europeus; e reabilitação urbana e imobiliária», apresentou o partido.
Segundo os socialistas, Fernando Quaresma Gomes é «um homem de visão e ação» que conhece «profundamente o território e acredita na valorização dos recursos locais, na atração de investimento inteligente e na criação de oportunidades que fixem talento e estimulem o desenvolvimento». «A sua candidatura representa a vontade de fazer diferente e melhor, com realismo e proximidade, ouvindo as pessoas e agindo com determinação», é referido ainda na nota.
«Este é o momento mais adequando, é agora com esta idade que tenho de fazer em prol da comunidade. A minha candidatura é baseada num dever cívico de quem tem capacidades de pôr em prol da comunidade e há tanto para fazer no nosso concelho que outra coisa não seria de esperar de quem quer fazer melhor e diferente», começou por referir, em declarações a’O Portomosense, o candidato.
«O concelho de Porto de Mós é um concelho turístico e nada tem feito para acompanhar os turistas que vêm para cá. As Grutas de Mira de Aire têm milhares de visitantes todos os anos, e apenas 2 a 3% ficam a dormir no concelho, o que é lunático», frisa. Este é, no seu entender, «um desaproveitamento de dinheiro que podia ficar no concelho».
Na vertente social, o candidato do PS evidencia «o pouco ou nada que tem sido feito para integrar os jovens imigrantes que acabam de chegar»: «Um bocadinho à imagem do que aconteceu comigo que também sou filho de imigrantes, senti isso na pele. São postos em escolas sem apoio, não dominam a língua nas melhores condições, mas mesmo assim são postos em turmas e estão à sua mercê, ou seja, não há apoio em esse nível», refere.
Por fim, Fernando Quaresma Gomes, salienta «a degradação das freguesias do concelho ano após ano»: «Se corrermos o concelho, Porto de Mós vila não, mas as outras juntas têm sido abandonadas por completo», considera.
Os nomes para a Assembleia Municipal
O PSD e o PS apresentaram também os seus candidatos à Assembleia Municipal (AM). Clarisse Louro (PSD), atual presidente da AM, vai-se recandidatar para mais um mandato (o último que pode cumprir). Clarisse Louro já passou por vários cargos, entre eles o de diretora da Escola Superior de Saúde (ESSLEI) do Politécnico de Leiria (IPL), presidente do Conselho Técnico Científico, coordenadora do Curso Superior de Enfermagem e do mestrado de Enfermagem Comunitária na Área da Enfermagem de Saúde Familiar. Em Porto de Mós ocupa ou ocupou cargos como o de vice-presidente do Centro de Apoio Serra de Aire e Candeeiros (CASSAC), Membro fundador do Rotary Club de Porto de Mós e diretora da Universidade Sénior do Rotary Club de Porto de Mós.
O candidato do PS, Rui Marto, é natural de Alqueidão da Serra e «tem um longo percurso cívico e político ao serviço do concelho. Foi presidente da Junta de Freguesia de Alqueidão da Serra entre 2013 e 2017 e, desde então, tem desempenhado funções como vereador na Câmara Municipal de Porto de Mós», diz em nota o PS. «Entre 2017 e 2021, teve responsabilidades diretas nas áreas das empreitadas e do ambiente, onde liderou importantes projetos e iniciativas. Desde 2021, é vereador sem pelouros atribuídos, assumindo o papel de voz ativa e crítica no atual executivo municipal, sendo reconhecido pelo seu compromisso com a verdade, a transparência e a defesa dos interesses dos cidadãos», acrescenta ainda o partido.

Foto | DR




