Depois de em 2016 ter acolhido algumas famílias de refugiados oriundas do Iraque, a Batalha está agora disponível para receber duas famílias ou um grupo máximo de 8/10 afegãos. Isto mesmo já foi comunicado ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Em ofício datado de 23 de agosto, o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, comunicou ao governante «a disponibilidade deste Município, em colaboração com as IPSS e empresas locais nas áreas da cerâmica decorativa e do turismo, no sentido de colaborar no acolhimento de refugiados do Afeganistão, no âmbito das decisões nacionais e do Mecanismo Integrado da União Europeia de Resposta Política a Situações de Crise».
O autarca batalhense sublinha na missiva que o faz «na expectativa de assim contribuir, modestamente, para ajudar nesta missão de solidariedade humana» que considera «da maior urgência no apoio ao povo afegão, com natural prioridade para ajudar as mulheres, crianças e famílias que precisam de um acolhimento temporário face aos riscos inerentes à grave crise humanitária que hoje se vive no Afeganistão».
Paulo Batista Santos afirma que tal como aconteceu na sequência da guerra no Iraque «a nossa sociedade não pode ser indiferente na ajuda e acolhimento a quem foge de atrocidades de guerra e luta pela sua sobrevivência» pelo que «a recente escalada de violência que assola o povo afegão, bem como a situação particularmente frágil das mulheres, crianças e de outras pessoas envolvidas na promoção dos direitos humanos no Afeganistão, exorta-nos a mobilizar esforços para contribuir no esforço nacional de acolhimento de refugiados no quadro da União Europeia».
O contributo que o seu município, em parceria com outras entidades, está preparado para dar de imediato é, então, o acolhimento de duas famílias de refugiados afegãos ou até 10 cidadãos oriundos do país que agora é dominado pelos talibãs. Além de «condições de integração e de emprego» a Câmara da Batalha promete «alojamento temporário e apoio clínico» para os afegãos que, eventualmente, possam chegar ao concelho integrados no grupo de cerca de 50 refugiados que o país conta receber, prioritariamente pessoas que cooperaram com os serviços da União Europeia.