A Paróquia de Pedreiras completou 100 anos no passado dia 5 de agosto e na véspera o bispo da Diocese Leiria-Fátima, D. José Ornelas, aceitando o convite que lhe foi formulado, esteve na igreja paroquial para presidir à eucaristia festiva do centenário.
Antes da celebração, Olga Silvestre, um dos elementos da paróquia, teve uma intervenção alusiva ao centenário, começando por afirmar que «é tempo de valorizar com orgulho o passado, de pensar com ternura o presente e de projetar com esperança o futuro».
No seu entender, estes 100 anos representam «uma longa jornada, muitas conquistas, alguns desafios, tristezas e alegrias, encontros e desencontros» e são em si mesmo um marco e por isso «momento de reflexão e de celebração pois representa não apenas a passagem do tempo, mas o caminho percorrido».
«Aqui chegados somos herdeiros de um legado, resultado de um longo e árduo trabalho de quem nos precedeu e seguramente de quem nos irá suceder» afirmou, acrescentando que «este século trouxe consigo na bagagem, mudanças, desafios, oportunidades, alegrias e tristezas». Por isso, «hoje é um momento de compartilhar memórias e fortalecer laços que foram construídos ao longo dos anos mas ainda inacabados», frisou.
Depois de uma resenha histórica da paróquia, a advogada natural da Cruz da Légua agradeceu a todos aqueles que deixaram como legado «uma paróquia viva, unida, participativa e feliz», nomeadamente todos os padres que por lá passaram, bem como «a todos os conselhos económicos, comissões das igrejas paroquial e não paroquial, a todos os festeiros, membros das confrarias, catequistas, grupos corais, ministros da Comunhão e leigos».
O agradecimento estendeu-se, ainda, «a todos os autarcas em geral e em especial a todos os presidentes de Câmara e presidentes de Junta, a todas as famílias, associações e empresas e, finalmente, a todos os bispos que estiveram à frente da diocese» e em especial ao atual, José Ornelas.
«O futuro é já amanhã. Acreditamos que não nos faltará a esperança, força, determinação e coragem para continuar esta viagem sinodal em torno do bem maior, a nossa fé, o amor a Deus e o serviço à comunidade» realçou.
A terminar, citou o Papa Francisco: «Que sejamos uma igreja capaz de caminhar juntos na harmonia da diversidade, na qual todos têm algo a contribuir e todos podem participar ativamente».
As comemorações dos 100 anos da paróquia começaram no início do ano com a apresentação do hino a São Sebastião, o padroeiro. Aquando da festa que todos os anos é feita em sua honra, realizou-se um concerto com o tenor João Mendoza, sendo que a missa evocativa do centenário foi, então, o ponto alto das comemorações.
A Freguesia de Pedreiras está também a comemorar 100 anos, pelo que há dois programas festivos distintos mas que em determinadas alturas se cruzam, unindo a Paróquia e a Freguesia.
Uma paróquia, 100 anos de história
A paróquia de S. Sebastião das Pedreiras foi criada por provisão do bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, assinada no dia 5 de agosto de 1924. A nova paróquia ficou a pertencer à vigararia de Porto de Mós e foi nomeado pároco o padre Francisco Carreira Poças, de S. Pedro, ficando a acumular funções. Era até àquela data capelão da capela de S. Sebastião das Pedreiras, que passou a ser a igreja matriz.
Desde que a paróquia foi fundada já teve 12 párocos (incluindo o atual, Pe. António José Botas Cardoso). Em 1970, as Pedreiras inauguraram uma nova igreja matriz, tendo a anterior sido transformada em casa velório.
Na paróquia há, ainda, a igreja não paroquial de Cruz da Légua e Moitalina (construída em 1981) e a capela de S. João, na Tremoceira – esta, particular.
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