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Bombeiros de Mira de Aire abrem nova recruta

29 Novembro 2021
Jéssica Silva

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Jéssica Silva

29 Nov, 2021

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, os Bombeiros Voluntários de Mira de Aire voltaram a abrir no início deste mês as inscrições para a recruta de 2022. Quem quiser fazer parte desta corporação deve ter, no mínimo, 17 anos e, no máximo, 45 (o limite de idade legal para poder ser bombeiro) e tem que ter a escolaridade mínima obrigatória. Além destas, que outras características são essenciais que um voluntário tenha? O comandante dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire, Hélder Gonçalves, enumera algumas: «Acima de tudo tem de ter espírito de entreajuda e de voluntariado. É necessário também ter robustez física, porque estamos presentes em teatros de operações cada vez mais complexos que exigem bastante esforço. É imprescindível que tenha capacidade física e psíquica», que deverá ser comprovada através de um atestado médico.

O limite para as inscrições – ainda não estipulado – está dependente do número de candidatos mas até ao momento ainda ninguém se inscreveu. «Vamos esperar até final do ano e, eventualmente, até janeiro ou fevereiro para ver se há adesão», refere Hélder Gonçalves. Caso haja mas não seja em número suficiente a solução passará por agregar os poucos inscritos a outras corporações, como aconteceu no ano passado em que se juntaram aos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós e noutros anos, aos de Minde e Fátima. «Se aparecer uma recruta de três pessoas torna-se inviável fazer a recruta sozinho porque há determinadas matérias, nomeadamente sobre acidentes urbanos, incêndios rurais ou desencarceramento, que é difícil estar a ministrar formação quando o número mínimo de elementos da equipa de trabalho é de seis pessoas», explica.

Atualmente, são cada vez menos os que ingressam nos bombeiros e os que decidem ir, aparecem com cada vez «menos predisposição» para exercer a atividade. Na recruta de 2021 participaram sete pessoas, quatro estreantes e três que vinham da recruta anterior, ainda assim, este é um número que em nada se assemelha ao verificado noutros tempos. «Há 20 anos, quando comecei nos bombeiros, as recrutas eram compostas por cerca de 40 pessoas», recorda Hélder Gonçalves. Com o voluntariado a cair «de ano para ano», o comandante dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire considera que esta é uma realidade que tenderá a piorar e acredita que poderá mesmo correr o risco de «desaparecer». O desinteresse dos jovens pelo voluntariado, a falta de incentivos na área e a conjuntura atual são algumas das razões apontadas como estando na origem deste decréscimo.

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