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Bombeiros de Mira de Aire e Juncal com menos ocorrências, Porto de Mós regista aumento

21 Agosto 2020
Jéssica Silva

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Jéssica Silva

21 Ago, 2020

Desde o dia 1 de julho, altura em que arrancou o período crítico de incêndios rurais, até 14 de agosto, os Bombeiros Voluntários de Mira de Aire já foram chamados para um total de «36 ocorrências», menos duas do que em igual período do ano passado. No entanto, apenas três decorreram na área de atuação própria da corporação. «Maioritariamente todas foram nas freguesias e concelhos limítrofes», adianta a O Portomosense, o comandante daquele corpo de bombeiros, Hélder Gonçalves, que elenca alguns desses locais: Porto de Mós, Mendiga, São Mamede, Fátima e Alcanena. Ainda assim, também já foram chamados para dar apoio em sítios mais longínquos como Sertã, Oleiros, Lousã e Sardoal. De todas «a única situação mais complexa foi o incêndio da Marinha da Mendiga», salienta.

Apesar do ligeiro decréscimo registado no número de saídas este ano, relativamente ao período homólogo de 2019, nem por isso tal facto leva Hélder Gonçalves a ficar mais descansado. «Tem tudo para ser crítico ainda», afirma, justificando que os incêndios «de hoje em dia, arrancam cada vez mais com maior intensidade», o que se deve a uma «carga muito maior de combustível» comparando com outros anos. «Não há desmatação, não há limpeza de florestas o que faz com que um pequeno incêndio facilmente passe para um grande incêndio», alerta.
Situação idêntica é vivida nos Bombeiros Voluntários do Juncal que comparativamente ao mesmo período do ano passado registaram «menos ocorrências». Até ao momento, foram chamados para «27 ocorrências» mas apenas duas decorreram na sua área de intervenção. Oleiros, Ourém, Fátima, Castanheira, Figueiró dos Vinhos e Castelo Branco foram os locais fora da sua área de abrangência em que tiveram de atuar. De todas, o incêndio de Oleiros foi, na perspetiva do comandante José Silva, «a pior». A corporação conta hoje com 47 bombeiros no ativo, um número considerado «suficiente face às ocorrências». «Esperamos que continue assim. É sinal que estamos a dar conta do recado», afirma o comandante que há cerca de três anos está à frente dos Bombeiros do Juncal.

Nos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós a realidade que se vive é diferente. Ao invés de se ter registado um decréscimo no número de ocorrências como nas restantes duas corporações do concelho, verificou-se antes um aumento, com o incêndio da Marinha da Mendiga a ser o exemplo mais gritante. «Tirando esta que deu mais trabalho e que foi mais visível, tivemos uma dezena de ocorrências, pequenas, felizmente», refere o comandante, Elísio Pereira, advertindo, no entanto, que «um dia elas são pequenas mas se houver várias e nós não conseguirmos fazer face a todas com celeridade, podem tornar-se grandes». Uma ocorrência na Esparrela em que ardeu «entre cerca de 4 a 5 mil metros quadrados» e duas situações de «pequenas dimensões» na zona da Cruz da Légua foram outras das situações que levaram os bombeiros a intervir. Além disso, foram chamados a dar apoio em algumas zonas dos concelhos de Leiria e Alcobaça e ainda no distrito de Santarém. «Já temos um balanço de hectares ardidos bastante grande e seria ótimo que ficássemos por aqui», conclui o comandante.

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