Bombeiros de Porto de Mós podem ter segunda EIP

1 Julho 2021

Catarina Correia Martins

Os Bombeiros Voluntários de Porto de Mós (BVPM) poderão vir a ter uma segunda Equipa de Intervenção Permanente (EIP), tendo o executivo camarário aprovado por unanimidade, a 11 de junho, a sua disponibilidade para comparticipação desta nova EIP. O concelho tem neste momento três destas equipas, uma em cada corpo de bombeiros, tendo as de Mira de Aire e Juncal sido criadas mais recentemente a pedido das próprias associações. Agora vêm os BVPM remeter este pedido, que «resulta de uma consulta feita pelo Serviço Nacional de Proteção Civil, que está a disponibilizar aos corpos de bombeiros mistos – aqueles que têm uma área geográfica localizada mas que num segundo momento são os que respondem por todo o concelho, como é o caso dos BVPM – uma segunda EIP». O presidente da Câmara, Jorge Vala, considerou «importante» que o Município mostre «disponibilidade [para a comparticipação] de forma a capacitar os bombeiros para poderem estar preparados em recursos humanos para dar resposta à problemática dos incêndios». O autarca ressalvou ainda que não há informação sobre se a equipa será criada ainda neste ano civil, pelo que, «certamente, não é para este ano de incêndios».

Na discussão desde ponto, o vereador socialista, Rui Marto, disse ser «importante haver um enquadramento e um estudo desta situação»: «Não estou a dizer que esta segunda EIP faz ou não falta. Estou é convencido que há uma discussão por fazer. Neste momento, o que está em causa é a quarta EIP do concelho, não duas nos BVPM. Não vou dizer que é muito ou pouco, não tenho elementos suficientes para entrar nesse debate, mas era importante termos a noção desta situação, porque não saber se é necessário, olhar-se para o lado e esquecer-se é mau, mas não se criar caso faça falta, é mau na mesma», referiu. Rui Marto reforçou que «era importante haver alguma discussão sobre estes assuntos, que envolvesse o órgão Câmara», já que além de não ter noção da resposta a estas questões, as informações facultadas também não têm «elementos que permitam verificar se existiu esta discussão prévia».

Jorge Vala respondeu que «esta é uma questão de oportunidade» e que «a grande maioria» dos corpos de bombeiros mistos da região está já contemplada com as duas EIP. O autarca acrescenta ainda que a Liga dos Bombeiros Portugueses terá dito que «está a ser equacionada para todos os corpos mistos do país, a segunda EIP». «Acredito que não compete ao executivo discutir se vale ou não a pena», frisou, dizendo ainda que crê, «com toda a honestidade, que exista necessidade desta EIP, até porque os corpos de bombeiros, hoje, cada vez estão com mais dificuldade em encontrar pessoal voluntário para fazer face às necessidades diárias». Jorge Vala lembrou ainda que, a partir deste ano, os bombeiros do concelho têm uma responsabilidade acrescida: «Ao contrário do que era obrigatório até aqui, este ano temos que ter quatro pessoas, a tempo inteiro, de sol a sol, no Centro de Meios Aéreos (CMA) para garantir a proteção e segurança ao helicóptero» e, «de acordo com o Ministério da Administração Interna, os militares do GIPS da GNR não podem fazer este papel, têm que ser bombeiros. Naturalmente que, no próximo ano, temos que equacionar aqui integrar profissionais para poderem garantir a manutenção do helicóptero no CMA de Alcaria», adiantou.

O autarca reforçou que esta aprovação da «disponibilidade do Município» para a comparticipação «não acarreta custos imediatos», mas sim no futuro, no entanto, servirão para «dar resposta e garantir a segurança do nosso território». Jorge Vala concluiu ainda que ao dizer “sim” a esta proposta, a Câmara dá «um passo em frente na questão da proteção civil, que é a proteção de todos».

Com Isidro Bento

Assinaturas

Torne-se assinante do jornal da sua terra por apenas:
Portugal 19€, Europa 34€ e Resto do Mundo 39€

Este espaço pode ser seu.
Contacte-nos.

Primeira Página
Capa da edição mais recente d’O Portomosense. Clique na imagem para ampliar ou aqui para efetuar assinatura