A banda francesa Les Traine Savates, uma das melhores brass band da Europa vai atuar no Mercado Municipal de Porto de Mós, no próximo dia 20 de setembro, pelas 10 horas. O espetáculo é integrado no Festival Brass It organizado pela Associação Improviso Divergente, de Minde.
Les Traine Savates trará a Porto de Mós, Coup D´Savate, um espetáculo de rua dominado pela música funk e em que os nove músicos profissionais que integram o grupo se apresentam com roupas coloridas e recriam a atmosfera dos anos 1970, numa performance divertida que promete agradar a toda a família. Ao funk, os franceses juntam, ainda, jazz e soul, tudo isto com inspiração na música americana negra.
O grupo fundado em 2006 na cidade de Nior é cabeça de cartaz da segunda edição do Festival Brass It, como reconheceram em declarações a O Portomosense, Pedro Félix e o mirense, Sérgio Guerreiro, dois dos elementos da organização. De acordo com os responsáveis, Le Traine Savates é uma das melhores bandas do seu género a atuar na Europa, tendo sido fundamental o apoio dos Municípios de Porto de Mós e de Leiria para os trazer cá. No dia 20, primeiro dia do Brass It atuam na Fábrica da Cultura, em Minde, num espectáculo marcado para as 21h30. A segunda exibição será a 21, pelas 15 horas, no Largo do Coreto, na mesma vila. Haverá ainda uma passagem pela cidade de Leiria para mais uma exibição.
A componente internacional deste festival é reforçada com os espanhóis El Puntillo Canalla Brass Band, um grupo que fez a sua estreia em terras portuguesas precisamente na primeira edição do Brass It. O sucesso foi tanto que a organização (também a pedido do público, como sublinha Sérgio Guerreiro) este ano voltou a convidá-los.
O Brass It é um festival de música «onde atuam bandas itinerantes constituídas por instrumentos de sopro e de metal, portanto instrumentos de brass (daí o nome do festival), e também alguns instrumentos de percussão, depois, cada grupo tem o seu estilo específico. Este ano vamos ter dixieland, música balcã do estilo “Kusturica”, funk e música portuguesa», refere Pedro Félix O festival aposta em «grupos nacionais de valor mas, de uma forma geral, ainda pouco conhecidos junto do grande público», e faz questão de ter bandas internacionais «uma vez que noutros países da Europa este conceito de brass band está muito mais desenvolvido e há uma excelente oferta. O nosso festival tenta inovar a vários níveis e por isso faz sentido trazermos também bandas estrangeiras porque se é fácil ver uma nacional em qualquer ponto do país, uma brass band estrangeira por cá é muito mais raro».
Pedro Félix e Sérgio Guerreiro realçam o facto do Brass It estar aberto a público «dos 8 aos 80 anos» e das atuações não se restringirem a uma área específica. «Há espaço para um palco mas cada grupo escolhe onde quer atuar e interage com o público como bem entender e esta envolvência e proximidade com quem está a assistir é que é uma das razões do seu sucesso», garantem.
Outra das marcas distintivas é a heterogeneidade da oferta, que vai desde a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Minde, à Orquestra de Sopros Canto Firme, passando pelo DJ El Gadzé que aposta em performances musicais inspiradas no repertório das brass band.
Isidro Bento | texto
Luís Carvalho