Como vem sendo hábito nesta altura do ano, a tarde do passado domingo, dia 17, na Cabeça Veada, foi dedicada aos amantes de concertinas, com a realização do VI Encontro de Tocadores de Concertinas da Cabeça Veada. Pela sede do Grupo de Concertinas da Cabeça Veada, a entidade promotora do evento, passaram perto de 600 pessoas, revelou a organização.
Em jeito de balanço, Eurico Simão, o responsável pela escola de concertinas, considera que «o evento correu bem, dentro das expectativas», embora ressalve que a data do evento acaba por criar algumas «limitações» à organização. «O tempo não nos deixa [fazer] mais. [Temos] a ambição de fazer ao ar livre, de poder convidar mais, fazer mais publicidade, ter mais pessoas, mas estamos limitados», lamenta. Tendo em conta este cenário, o responsável assume que já foi equacionada a hipótese de alterar a data mas refere que tendo em conta «outras condicionantes» provavelmente irá manter-se a data estipulada. «Nesta altura conseguimos mais disponibilidade por parte dos grupos. Quase todos os que queremos convidar estão disponíveis nesta altura e no verão não é bem assim, pelo que depois não iríamos ter a mesma qualidade», explica. Eurico Simão reconhece que, apesar de todos os condicionalismos, fazer o Encontro de Tocadores de Concertinas nesta altura do ano tem as suas vantagens: «Acaba por ser uma festa mais pequenina mas mais bonita. É diferente. Estamos limitados no espaço, mas acaba por ser sempre bom, porque até a população e o público nesta altura tem menos festas, por isso gostam mais e dão mais valor».
“É notória a evolução” do grupo
O VI Encontro de Tocadores de Concertinas da Cabeça Veada começou com o tradicional almoço e às 15 horas deu-se início às atuações dos grupos. Ao longo da tarde houve a venda de produtos regionais, como chouriças caseiras, mel, bolos e café d’avó.
No evento participaram 11 grupos, de vários pontos do país, entre os quais a Escola de Concertinas Aldeias de Alcobaça, que já quase mantêm «um intercâmbio» com o grupo anfitrião. «Já cá vimos há muitos anos. Eles vão sempre ao nosso encontro lá, que fazemos na Ataíja de Cima, e nós viemos cá ao deles, com todo o gosto», referiu, a O Portomosense, Carlos Manuel, o vice-presidente, minutos antes de subir a palco. «É uma escola que tenho vindo a acompanhar o crescimento e é notória a evolução que têm tido como grupo, como evento em si também, e acho que estão todos de parabéns, pelo que estão aqui a fazer», enalteceu. O tocador mostrou-se satisfeito com o evento organizado pelo Grupo de Concertinas da Cabeça Veada: «Adoro sempre, desde a comida, aos grupos, reviver amigos e estar com gente amiga é sempre uma mais-valia». Carlos Manuel foi mais longe e lançou um convite a todos os amantes de concertinas. «Qualquer pessoa que goste de concertinas venha visitar a Cabeça Veada porque, de certeza absoluta, não se vai arrepender», atira.
Foto | Fábio Sousa