As adoções, ainda que não aconteçam com a frequência desejada, vão surgindo e O Portomosense, aquando da sua visita, teve a felicidade de assistir a uma. Um cão resgatado há cerca de um ano, ganhou nesse dia um lar.
De acordo com Pedro Cavaca Caetano, o veterinário municipal, tem sido mais fácil dar gatos para adoção do que cães. A dificuldade maior está nos «cães com mais idade, porque para o cachorrinho pequenino é mais fácil arranjar novos donos». «Ainda recentemente fomos resgatar uma cadela, que já tem dificuldade visual porque é muito velhinha, estava abandonada e vai ser muito difícil dá-la. Vai ficar aqui meia dúzia de anos a ocupar um lugar», explica o médico. Pedro Cavaca Caetano acredita, no entanto, que as condições do atual edifício, podem facilitar a adoção: «As pessoas vêm aqui, veem que os cães estão bem estimados e é mais fácil fazerem a adoção. Os voluntários e a enfermeira brincam com os animais que, por isso, estão socializados, mesmo os gatos que cá temos, não são selvagens», refere.
Quem quiser adotar pode dirigir-se ao canil/gatil, onde serão tomadas todas as diligências para que o processo corra o melhor possível. «Gosto que venham aqui para conversarmos, saber o tipo de pessoas que são. Conhecemos os cães e, muitas vezes, falando com as pessoas, conseguimos dizer qual o cão mais indicado para a sua situação», revela o veterinário. No entanto, Pedro Cavaca Caetano salvaguarda a importância desta decisão: «As pessoas têm que pensar que os animais são seres vivos, não são um carro nem uma bola, nem algo para dar aos meninos. E às vezes vêm aqui pessoas que querem dar um bonequinho ao filho e passados uns meses já estão fartos do boneco. É isso que temos de tentar evitar», afirma, acrescentando que já houve casos de animais “devolvidos”.