A Câmara de Alcobaça desenvolveu o projeto Estou na Linha, «um rastreio de obesidade infantil nas crianças no ensino pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico das escolas do concelho». Este rastreio foi realizado «entre os meses de janeiro e abril, sendo os casos considerados de risco (percentil Índice de Massa Corporal [IMC] superior a 95) encaminhados para o respetivo médico de família», revelou a autarquia numa nota. O estudo «abrangeu 82% das crianças do jardim de infância e 85% dos inscritos no 1.º ciclo» e teve resultados gerais muito positivos: «A grande maioria das crianças do pré-escolar (78%) e do 1.º ciclo (74%) apresentam níveis normais de IMC».
«É muito importante ter a noção concreta da realidade local do concelho, tendo em conta que os recentes números apontam para os 30% de crianças com excesso de peso em Portugal», afirma o presidente da Câmara, Hermínio Rodrigues. O autarca salientou ainda que «vivemos num tempo em que a alimentação e sedentarismo contribuem seriamente para estilos de vida pouco saudáveis». «Cabe-nos, quer como responsáveis políticos, quer como pais, trabalhar para inverter esta tendência», defende. Os resultados conseguidos são, no entanto, «motivadores e refletem naturalmente todo o trabalho de promoção de alimentação saudável que a Câmara tem vindo a efetuar desde 2005», sublinha.
O Estou na Linha foi desenvolvido em «parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade de Alcobaça Nazaré (Equipa de Saúde Escolar) do ACES Oeste Norte». No jardim de infância, «da totalidade dos alunos rastreadas constatou-se que 4% apresenta o percentil peso abaixo do recomendado, 78% apresenta dentro dos valores recomendados, 13% apresenta excesso de peso e 5% apresenta obesidade». Desta faixa etária, 3,6% com percentil IMC superior a 95, foram encaminhadas para o médico de família. Já no 1.º ciclo, «constatou-se que 3% apresenta o percentil peso abaixo do recomendado, 74% apresenta dentro dos valores recomendados, 16% apresenta excesso de peso e 6% apresenta obesidade». Destas, 5,7% com percentil IMC superior a 95, foram também encaminhadas para o médico de família.
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