Há dois caminhos no Arrimal cujas condições estão a impedir os agricultores de aceder aos seus terrenos. O problema foi desde logo apresentado pelo presidente da Direção da UADL, Joaquim Avelino, no encontro de agricultores que se realizou precisamente no Arrimal, no passado domingo, dia 16 de julho.
O dirigente relatou o «corte de um estrada na Salgueira», cujo caminho alternativo, prometido pelo executivo de Junta anterior, não saiu do papel. De igual modo, Joaquim Avelino referiu que, no caminho do Arco da Memória, «os agricultores querem entrar para as propriedades» mas, quando das obras recentes para a instalação de um parque eólico, os acessos ficaram danificados.
Em resposta, o presidente da União de Freguesias de Arrimal e Mendiga, Francisco Batista, descartou as culpas sobre a sua presidência e explicou que «até hoje nunca foi posta em Assembleia nenhuma qual a solução proposta» pelo anterior autarca. «Têm sido tomadas diligências no sentido de vermos o que é que se pode fazer, aquilo foi uma imposição da Direção Geral de Energia e Geologia, que todos os meses tem medidas de testagem em certos locais, porque aquilo está mesmo perigoso ». A solução possível, acredita, seria, e face à «maneira que hoje se explora a pedra, explorar a estrada e fazer um caminho com a cota mais baixa».
Já sobre o «caminho do Arco da Memória», Francisco Batista garante que a única agricultura ali presente é «da senhora Maria Piedade, do Arrabal», pelo que mais ninguém se queixou na Junta de Freguesia dos acessos dificultados. Além disso, «há garantia por parte das empresa das eólicas que, assim que terminarem os trabalhos deles, estão dispostos a colaborar no arranjo da estrada», diz, ao mesmo tempo que relata uma outra situação: «o estragar da estrada entre o Arco da Memória e a pizzaria [Norpizzas]»: Francisco Batista realçou que «andou lá um madeireiro, que deixou rodeiradas nas bermas, tanto do lado direito como do lado esquerdo». «Portanto, o senhor madeireiro, e a gente verifica aí que os madeireiros vêm aqui, cortam a lenha, vai tudo, fica o lixo e o presidente de Junta depois apanha as pedras e passa o lixo para o lado de dentro, o proprietário recebe os eucaliptos e o presidente da Junta anda a fazer a limpeza das vias públicas. Acho que é uma situação que devia ser revista», considera.
Foto | Rita Santos Batista