Foi aprovada por unanimidade em reunião de Câmara, a distribuição do apoio extraordinário ao associativismo no concelho, no âmbito do impacto da pandemia. Este apoio resulta de não ter sido feito «um conjunto de atividades durante este ano», condicionadas pela COVID-19, nomeadamente as Festas de São Pedro e o Festival Viver. Antes do vice-presidente, Eduardo Amaral, explicar como foi feita a distribuição destes valores, o presidente da Câmara, Jorge Vala, lembrou que já tinham sido entregues subsídios a todas as IPSS do concelho e também aos bombeiros, sendo que a juntar a estes apoios agora discriminados, equivale um apoio extraordinário de 150 mil euros. Ficou então a faltar «o resto do movimento associativo» e foi por isso criada uma comissão, presidida por Eduardo Amaral e composta também pelo vereador Marco Lopes, do movimento AJSIM, e por Rui Marto do PS. A comissão reuniu várias vezes e chegou a um acordo final, divulgado pelo vice-presidente do Município.
Primeiro, foi feito «um levantamento, através de um inquérito, realizado junto de todas as associações culturais e desportivas» para tentar perceber quais eram «realmente as dificuldades e as perspetivas para este ano», especifica Eduardo Amaral. Com base neste levantamento, a comissão estabeleceu um conjunto de itens, cada item tinha «um conjunto de pontos associados e a soma dos pontos» serviu como referência para a atribuição de valores às associações. Entre os itens estava o facto da associação ter ou não sede própria: «Atendendo às novas normas, estes espaços precisam de ter um conjunto de atuações de higienização e de circulação que obrigam a que as associações tenham maiores despesas». O número de viaturas que a associação tem foi outro dos critérios a ter em conta, assim como o número de eventos previstos, os que tivessem «uma perspetiva diferenciadora» e não incluindo os eventos de escala «concelhia ou mesmo nacional».
Um dos itens mais importantes foi a participação nas tasquinhas das Festas de São Pedro: «Quem participava nas tasquinhas tinha um acréscimo de 20 pontos porque as associações que participam, conseguem obter uma fonte de financiamento que permite garantir a sua continuidade ao longo do ano e por isso achámos que este deveria ser o ponto mais beneficiado», explicou. Foram tidas também em conta as despesas fixas da associação, como água, luz, seguros, recursos humanos, entre outras.
Para as associações culturais e desportivas foram criados itens específicos, no caso das culturais, eram beneficiadas as que tivessem escolas de música ou formação e no caso das desportivas, foi tido em conta se tinham escalões de formação e em que número, beneficiando as que mais escalões tivessem. Por fim, o facto da associação ter instalações desportivas próprias, devido aos custos que acarretam, foi também considerado.
Feitas as contas, a estas associações que faltavam apoiar, foi entregue um valor total de 82 500 euros que contemplou 34 associações. Deste total, 42 500 euros foram distribuídos às de cariz desportivo e 35 600 para as culturais. Os bombeiros, apesar de já terem recebido apoio anteriormente, receberam mais quatro mil euros pelo facto de habitualmente participarem nas tasquinhas.