Todos nós sabemos ou conhecemos um caso de alguém que tem ou tenha tido cancro. Mas será que existe alguma forma de o conseguimos evitar? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cancro define-se como «uma doença na qual as células do organismo crescem de forma descontrolada, formando um tumor que poderá espalhar-se para diferentes partes do corpo». Na União Europeia, esta doença é uma das principais causas de morte que, apesar de ser predominantemente identificada na meia-idade, é caracterizada por alterações celulares que começam muito cedo, pelo que a prevenção é fundamental.
A OMS explica que o cancro é provocado devido a anomalias no ADN das células do organismo, organismo esse que conta com as suas próprias defesas contra certas mutações, contudo, alguns agentes externos – como é o caso de produtos cancerígenos presentes no fumo do tabaco, radiações ou infeções, por exemplo – conseguem ultrapassar essas defesas.
A hipótese de uma pessoa desenvolver cancro é sempre possível, o que faz com que o estilo de vida adotado seja bastante importante, pois as suas escolhas fazem com que essa possibilidade aumente ou diminua. É a partir da meia-idade que os cancros mais comuns tendem a ocorrer, mas a OMS afirma que qualquer idade é boa para a tomada de medidas para prevenção do cancro, através de rastreios, que conseguem detetar certos cancros numa fase precoce dos mesmos, e através da vacinação. Apesar disso, a OMS reconhece que as circunstâncias sociais e económicas tendem a variar de pessoa para pessoa, o que faz com as oportunidades para reduzir este risco não sejam igualitárias.
Segundo o Código Europeu contra o Cancro, existem algumas formas de reduzir o risco desta doença. Duas dessas medidas visam o tabaco e o fumo passivo. A OMS explica que o tabaco é o principal potenciador de cancro, sendo uma das maiores causas de morte a nível mundial e a responsável por provocar cerca de 6 milhões de mortes e mais de meio bilião de dólares em prejuízos económicos todos os anos. Se já é perigoso o ato de fumar, o consumo passivo do fumo do tabaco também acaba por ser, pelo que o Código Europeu contra o Cancro sugere que se faça do lar um lugar sem fumo, além de apoiar regras antitabágicas no local de trabalho.
Além das medidas já referidas, a OMS também aconselha uma limitação em termos de consumo de álcool e carnes processadas, assim como de exposição excessiva ao sol, à radiação e determinados produtos químicos.
Em termos de medidas a adotar para prevenir o risco de aparecimento de cancro, um estilo de vida saudável é o mais importante e este consegue-se através da prática diária de desporto, de uma alimentação cuidada baseada no consumo de cereais integrais, leguminosas, vegetais e frutas e de um peso corporal adequado à nossa estatura física.
Segundo a Liga Portuguesa contra o Cancro (LPC), o cancro da mama é o mais comum entre as mulheres e a segunda causa de morte por cancro no sexo feminino. Para reduzir o risco de aparecimento, a OMS sugere a amamentação, uma medida que ajuda a prevenir este perigo.