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Patriarca de Lisboa na despedida do padre Manuel Peixoto

19 Fevereiro 2024
Isidro Bento

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Isidro Bento

19 Fev, 2024

«O padre Manuel Peixoto encarnou de forma exemplar o seu papel de missionário e de sacerdote», disse hoje o Patriarca de Lisboa, D. José Valério, nas exéquias fúnebres do antigo pároco de Mira de Aire, Alvados, São Bento e Serra de Santo António, realizadas na Igreja Paroquial de Fátima.

Partindo da conhecida passagem do Evangelho de São Mateus (escutada na missa) que exorta os crentes a colocarem em prática as chamadas obras de misericórdia [dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, visitar os doentes e os presos…], D. Rui Valério disse que o padre Manuel Peixoto esteve sempre muito próximo de todos, acompanhando-os nas suas necessidades materiais, quando era caso disso, e, sobretudo, procurando alimentar e estimular a sua “fome” espiritual.

Para aquele alto responsável da Igreja Católica portuguesa, o padre Peixoto era testemunho vivo de fé e na sua missão «não compreendia, aliás, outra forma de estar na vida» que não fosse dar e ser exemplo prático daquilo que professava.

O Patriarca de Lisboa, monfortino como Manuel Peixoto, teceu rasgados elogios ao sacerdote falecido considerando que foi um excelente representante da família monfortina tendo realizado, primeiro, uma missão exemplar em Moçambique onde esteve sempre «ao lado dos mais pobres e desfavorecidos».

Depois, ao fazer serviço pastoral, deixou marca em todas as paróquias por onde passou. D. José Valério recordou «o homem de fortes convicções e muito frontal» mas também o sacerdote «bem disposto», «de bom coração, sempre «muito próximo das pessoas» e das instituições locais». O bispo evocou ainda o «homem de oração e de fé inabalável» sempre apostado na «evangelização», nomeadamente «através da catequese e dos vários movimentos» da paróquia, com grande devoção a Maria no cunho mariano como é apanágio dos monfortinos.

O padre Manuel Gonçalves Peixoto, missionário da Congregação dos Monfortinos de Portugal, faleceu no passado dia 17 de fevereiro, aos 80 anos, na Casa do Clero, em Fátima, onde residia atualmente.

Natural de Figueiredo, Guimarães iniciou o seu ministério como missionário em Porto Amélia (Pemba) Moçambique. Foi pároco da Póvoa de Santo Adrião, no Patriarcado de Lisboa. Esteve até 7 de setembro nas paróquias do concelho de Castro Verde, na Diocese de Beja, data em que foi nomeado pároco de Mira de Aire e Alvados. Mais tarde viria a assumir também as paróquias de São Bento e Serra de Santo António, esta última já no concelho de Alcanena, mas pertencente, igualmente, à Vigararia de Porto de Mós.

O padre Peixoto exerceu o múnus sacerdotal nas referidas paróquias até 1 de outubro de 2011. Durante esse período foi também diretor do jornal Voz de Mira de Aire. Em 2003 foi nomeado Superior dos Monfortinos em Portugal, cargo que exerceu até 2013. Mais tarde, foi colaborador e confessor no Santuário de Fátima, seguindo-se o serviço pastoral nalgumas paróquias do concelho de Vila do Conde, na Arquidiocese de Braga.

As suas exéquias foram presididas pelo Patriarca de Lisboa e teve como concelebrantes mais de duas dezenas de sacerdotes, entre os quais, o vigário-geral da Diocese de Leiria-Fátima, padre Armindo Janeiro, em representação do bispo diocesano, e os padres Luís Ferreira e Luís Pereira (Mira de Aire) e José Alves (Porto de Mós). O corpo foi a sepultar no cemitério de Fátima.

Entre o inúmero grupo de pessoas que o acompanharam à sua última morada (vindas muitas delas das várias paróquias onde prestou serviço) encontravam-se também várias de Mira de Aire, Alvados, São Bento e Serra de Santo António que assim quiseram prestar uma última homenagem a «um padre que a ninguém deixou indiferente».

(Notícia atualizada)

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