O serviço de médico ao domicílio, um dos vários disponibilizados pelo cartão de saúde do Município de Porto de Mós, já foi ativado este ano, cerca de um milhar de vezes, revelou o presidente da Câmara, Jorge Vala. «Costumamos dizer que são 1 000 pessoas a menos nas urgências do hospital», afirmou satisfeito.
O autarca disse na Assembleia Municipal deste mês que se continua a ter no cartão «a resposta possível à falta de médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)» mas, mesmo assim, confessou a sua surpresa por tamanha adesão ao serviço de médico ao domicílio.
«Não quer dizer que depois do diagnóstico médico a pessoa não tenha de ir ao hospital mas neste primeiro impacto é, de facto, notável a resposta que este serviço está a dar a esse nível», realçou Jorge Vala. A resposta rápida em contraponto com todas as dificuldades com que muitos se deparam para conseguir uma consulta nalgumas unidades do SNS, e o preço relativamente baixo serão, no seu entender, a razão principal que tem levado tantos portomosenses a solicitar este serviço.
Atualmente, mais de metade dos portomosenses (mais de 13 000 pessoas) possui o cartão de saúde distribuído gratuitamente e sem grande burocracias pelo Município de Porto de Mós. A maioria vive na área de influência da Unidade de Saúde Familiar (USF) Aire e Candeeiros, aquela onde há uma clara falta de médicos e, consequentemente, se torna bastante difícil, em alguns casos, conseguir consulta. No entanto, segundo Jorge Vala, muitos dos utentes da USF Novos Horizontes, onde esse problema não se coloca, possuem também o cartão de saúde, o que será a prova de que as vantagens deste não se esgotam no serviço de médico ao domicílio.
«Ainda ontem fui a uma consulta de especialidade numa clínica privada e em vez dos 80 euros que, em circunstâncias normais, teria de pagar, paguei apenas 35 euros», exemplificou o autarca com o seu próprio caso, recordando ainda que há descontos significativos em exames médicos nas mais variadas especialidades, bem como nas consultas e tratamentos em dentistas. As vantagens estendem-se, ainda, às farmácias com as quais há acordo, óticas e outras unidades da área da Saúde.
Durante os trabalhos outros elementos da AM testemunharam também já ter beneficiado deste cartão, reconhecendo todos (tal como Jorge Vala) que embora não resolva os problemas da saúde no concelho (até porque nem é essa a sua missão) tem ajudado a atenuá-los, nomeadamente, permitindo o acesso dos munícipes às consultas médicas.
O cartão de saúde do Município de Porto de Mós foi criado há praticamente dois anos e meio e Jorge Vala e sua equipam consideram que está a cumprir bem a sua missão pelo que decidiram renovar o respetivo contrato acrescentando, ainda, mais três serviços. Assim, em 2025, além das consultas online já conhecidas, ficarão disponíveis também via Internet as consultas de Psicologia, Nutrição e Pediatria.
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