Casa do Mineiro será ponto histórico em Serro Ventoso

14 Agosto 2024

Juliana Santos

Homenagear os antigos trabalhadores das minas da Bezerra e das pedreiras do Codaçal é a missão do projeto que verá edificada a Casa do Mineiro em Serro Ventoso. A consignação da obra foi assinada na penúltima semana do mês de julho e o investimento poderá chegar aos «200 mil euros», segundo o presidente da Junta de Freguesia, Carlos Cordeiro. 

O edifício estava destinado a ser uma casa mortuária «há 25 anos», mas como permaneceu em desuso, foi efetuada uma candidatura a fundos comunitários, tendo o projeto sido aprovado e «o primeiro a ser apoiado na freguesia» com o valor de «aproximadamente 130 mil euros». O prazo de conclusão está estimado para o final do ano, até ao «final de dezembro, se tudo correr como previsto».

“Um espaço para todos”

Carlos Cordeiro refere que a Casa do Mineiro será «um centro interpretativo, um espaço multiusos», contando com «uma sala grande no rés do chão, um parque de estacionamento, uma copa e, por cima, três salas para arquivo, para se alguém quiser fazer ali uma sede, uma associação ou algo do género». Os visitantes poderão também ficar a conhecer a «história das minas da Bezerra» através de «um vídeo alusivo» que estará em exibição no espaço. 

O responsável considera a obra «uma mais-valia» para a freguesia, ambicionando que seja usufruída por crianças, jovens, adultos e séniores, mas também por quem vem “de fora” com a ânsia de explorar a cultura e o turismo local. «Ou perpetuamos a nossa memória ou ela morre», frisa. «É um edifício que estava, no fundo, abandonado há 25 anos. Não tinha valência nenhuma para a freguesia. Nós vamos remodelar e ficamos com um multiusos para as pessoas. [Poderá vir a ser] um espaço para fazer um curso de costura, um curso de culinária…», explica. 

Quando questionado sobre os comentários de oposição ao projeto deixados nas redes sociais, que afirmam que o espaço estava destinado às crianças da freguesia ou a uma biblioteca, Carlos Cordeiro assenta que é falta de conhecimento «do que se vai passar lá». «É importante perguntar à freguesia o que é que vai ser. Normalmente, as pessoas não perguntam, não sabem e depois criticam», defende. «Nós temos que ter espaço para todos e portanto, o espaço será para todos e não só para as crianças», adianta. 

Foto | JF Serro Ventoso

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