Nem o facto de ter estado quase três meses encerrado (entre 15 janeiro e 5 de abril), por causa da situação epidemiológica, impediu que o Castelo de Porto de Mós atingisse, em 2021, um recorde do número de visitantes, contabilizando um total de 22 460 de entradas (mais 3 091 do que no ano anterior). Os meses de verão foram, inquestionavelmente, os meses com maior afluência. Em agosto registaram-se 6 075 visitas e em setembro foram 2 786 as pessoas a quererem visitar o monumento. «O ano de 2021 coincidiu com o ano de maior afluência de visitantes», sublinhou o presidente da Câmara, Jorge Vala, na reunião do executivo onde foi apresentada a análise estatística do Castelo.
À semelhança de outros anos, em 2021, os portugueses continuaram a ser aqueles que mais visitaram o Castelo, representando 89% das visitas (20 055). Embora o relatório anual indique que 97% dos visitantes tenham sido europeus, os brasileiros foram os segundos que mais visitaram um dos ex-libris do concelho, com o registo de 672 entradas, seguidos dos espanhóis (569) e dos franceses (515).
Das 22 460 entradas registadas no ano passado, 20 437 foram bilhetes de público em geral, 1 056 foram público escolar, o número mais alto dos últimos anos, e houve ainda a apontar 967 isenções, por exemplo de comemorações de efemérides e parcerias com associações. Embora a pandemia tenha restringido as visitas de grupo durante o ano passado, houve o registo de 1 833 entradas de grupos organizados, o que representa 8% do total de visitantes.
A receita da loja do Castelo de Porto de Mós seguiu a mesma linha de crescimento da receita de bilheteira, representando 20% da receita global. No total, foram vendidos 5 601,37 euros em artigos, com destaque para o íman com a representação do Castelo, concebido pelo FabLab, o laboratório de fabricação digital do concelho, que foi o produto mais vendido. Por sua vez, o livro D. Fuas Roupinho – O Alcaide do Castelo de Porto de Mós também foi um dos artigos com maior sucesso de vendas. Se somarmos a receita de bilheteira com a receita de loja, verificamos que em 2021 o Castelo totalizou quase 30 400 euros em receita. Um número que o presidente da Câmara reconhece que torna o monumento «sustentável» financeiramente, mas que faz questão de ressalvar que «não é o mais importante»: «O mais relevante é a satisfação com que as pessoas de lá saem e observarmos que o Castelo já começa a entrar nos circuitos turísticos».
Foto | Jéssica Moás de Sá