Apesar de ter começado por «dar os parabéns pela inauguração da Central das Artes», o presidente da Junta de Freguesia de Serro Ventoso, Carlos Cordeiro, quis deixar uma «moção de censura» à obra, na Assembleia Municipal de Porto de Mós. «Fez-se uma obra bonita e que, para mim, é uma boa obra para Porto de Mós, mas ninguém se lembrou de colocar pedra, nem no exterior, nem no interior da obra», começou por referir. Para o autarca isto é «lamentável numa obra desta dimensão, se calhar das maiores dos últimos anos» no concelho. «Nem nos arranjos exteriores se pôs calçada, nem lá dentro se pôs pedra nas casas de banho ou no chão», reforçou. «Sai tanta pedra de Porto de Mós para todo o lado e nós fazemos uma obra no concelho e não pomos o produto que é nosso», concluiu.
O presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, explicou que o «projeto da Central das Artes já estava estabilizado [desde o anterior executivo]» e que fez parte de uma candidatura a fundos europeus que não era possível alterar, caso contrário poderiam perder-se estes mesmos fundos. «Se fossemos o executivo, não sei se o faríamos assim ou diferente, com toda a honestidade. Por isso, não quero alimentar qualquer tipo de questão relativamente a isto», afirmou.
Foto | Jéssica Silva