Depois de um longo período encerrado para obras de reabilitação e remodelação, o antigo Centro de Atividades ao Ar Livre, de Alvados, reabre as suas portas este domingo, pelas 17 horas, agora como Centro Interpretativo das Atividades de Natureza do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (CIAN).
A menos de uma semana do ato inaugural, e a pedido do vereador do PS, Rui Marto, o vice-presidente do Município e vereador do Turismo, Eduardo Amaral, revelou na última reunião de Câmara, realizada em São Bento, como é que o espaço se encontra dividido e o que é que os turistas poderão ali encontrar. O autarca aproveitou a oportunidade para explicar de forma pormenorizada a política que a maioria que governa a Câmara tem em termos de turismo de natureza e de lazer e na qual o CIAN se insere como «porta de entrada no Parque Natural, uma porta para o futuro geoparque das Serras de Aire e Candeeiros e que terá uma importância fulcral para o todo do Parque, não só do ponto de vista científico, mas também turístico», como também destacou na altura o próprio presidente da Câmara, Jorge Vala.
De acordo com Eduardo Amaral, a primeira coisa que a Câmara tentou fazer no âmbito de um projeto com várias vertentes foi tentar «ordenar as visitas à nossa região, porque o que existia eram visitas desorganizadas e que não respeitavam nem a propriedade privada, nem os trilhos e caminhos existentes». «Começámos por reorganizar todos os trilhos pedonais, cicláveis e equestres, definindo também zonas de escalada e pontos de lançamento de parapente, ou seja, procurámos reorganizar toda a estrutura de oferta numa perspetiva turístico-desportiva», referiu, acrescentando que, em simultâneo, foi questionado o Parque Natural sobre estes grupos vindos de fora e que não cumpriam as regras, enquanto que havia entidades locais interessadas em dinamizar atividades e não o podiam fazer.
O autarca explicou que a parte dos percursos vai entroncar num projeto mais alargado, denominado VISIT e que passa por um microsite com apps associadas e que as pessoas podem descarregar e partirem à descoberta do territórios, seja nas vertentes de percursos pedestres e cicláveis, birdwatching, fauna ou flora.
Eduardo Amaral entende que «os operadores turísticos têm vantagem em começar a vender o nosso território não só para fins desportivos [desporto de natureza], mas também orientado para grupos de descoberta desse mesmo território», e disso deu conta afirmando que «é um produto que o Município está a começar a desenvolver e que quer ligar ao que a Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros também está empenhada que é o produto Serras de Aire e Candeeiros».
Numa primeira fase esta divulgação para o exterior faz-se via site, nomeadamente, o que fazer, onde dormir, onde comer e o que visitar, mas depois entra em campo o novo CIAN.
Foto | Isidro Bento