Foto: Catarina Correia Martins[/caption]
Entre os dias 10 e 16 de fevereiro a Praça Arménio Marques, em Porto de Mós, foi palco do projeto Vaivém Oceanário, numa parceria do Oceanário de Lisboa, da Fundação Oceano Azul e do Município. Foram cerca de duas mil as pessoas que, durante a passada semana, visitaram a carrinha e a tenda do projeto que visa sensibilizar para a problemática do plástico, segundo nos explicou o coordenador das atividades, Pedro Moreira. O objetivo é, ainda, «levar o Oceanário a todos os cantos de Portugal, inclusive ilhas».
O espaço dividia-se em dois, uma carrinha e uma tenda exterior. Nesta última, as atividades eram «mais práticas»: «Fazemos uma limpeza de praia para que percebam que quando vamos à praia, nem tudo o que encontramos lá são coisas naturais. Infelizmente, hoje em dia, já encontramos muitas coisas que não deviam estar na praia», depois «mostramos que alternativas já há a esses materiais de plástico, ora feitas de madeira, ora de metal, coisas reutilizáveis», para explicar que «resolver este problema está nas nossas mãos, na vontade de cada um poder fazer a diferença». Na carrinha, os conteúdos diferem consoante o público. Em Porto de Mós, os dias úteis foram dedicados às escolas. Participaram cerca de 1700 crianças. As do pré-escolar foram convidadas «a fazer uma festa de anos» para perceber «o impacto que têm as nossas festas, os descartáveis, pratos, talheres, palhinhas, e verem que durante o momentos lúdicos também é preciso ter atenção a essas coisas». Já no caso do primeiro ciclo, de acordo com o coordenador, os alunos fizeram «uma viagem à volta do mundo», passando «em alguns dos sítios importantes para a biodiversidade marinha» e acompanharam a história de «uns patinhos de plástico que caíram ao mar e que estão numa viagem há praticamente 30 anos», explorando «o impacto desse plástico no oceano».
No fim de semana, a atividade foi aberta ao público em geral, em que além de se passar a mensagem aos mais novos, se pretende «influenciar os pais que, às vezes, precisam mais desta conversa do que propriamente o público mais jovem». Neste período, o projeto recebeu também grupos da população sénior: «Queremos mesmo cobrir todas as idades, não deixamos ninguém de fora, porque os seniores têm netos e filhos e podem influenciá-los a mudar de comportamentos», explica Pedro Moreira.
O coordenador afirma que a organização está «muito contente com o Município» que «rentabilizou ao máximo» a presença do projeto na vila sede de concelho, «o que nem sempre acontece». O Vaivém Oceanário já recebeu, desde 2005, cerca de 200 mil pessoas. Esta é uma experiência de entrada gratuita porque se pretende «que o dinheiro não seja obstáculo a que as pessoas fiquem sensibilizadas».