Como já é tradição, a Lagoa de Alvados voltou a receber, no passado dia 18 de maio, o Dia da Espiga, dinamizado pela Comissão de Festas de Santo António e São Sebastião que faz um «balanço muito positivo» da iniciativa, onde participaram «cerca de 400 pessoas», entre as quais um grupo de timorenses que está alojado na Pousada da Juventude de Alvados. «Eu acho que eles até acharam a iniciativa gira, pelo que sei têm-se integrado bem, apesar de terem culturas diferentes», revela Filipe Vieira, um dos juízes. Estiveram também presentes idosos da Associação Amparo Familiar de Mira de Aire, do Abrigo Familiar Casa de São José e da Casa do Povo do Alqueidão da Serra, além de outras pessoas que vieram de «Mira de Aire, Alcaria e Porto de Mós».
A iniciativa arrancou às 15 horas e só terminou depois já perto das 23 horas. Contrariamente à edição passada, este ano teve animação musical que ficou a cargo de Nelson Martins, acompanhado de um acordeão, que à medida que ia tocando e cantando ia também contando umas anedotas. «Este ano achámos que ficava mais engraçado ter alguém para interagir com as pessoas e a sua presença acabou por trazer uma outra dinâmica», considera.
Na Comissão de Festas de Santo António e São Sebastião, para cada santo há um juiz e uma juíza, uns casados (Santo António) e outros solteiros (São Sebastião). Filipe Vieira é o juiz de São Sebastião, juntamente com Catarina Francisco, já André Pinto é o juiz de Santo António, a par com Rosália Ribeiro.
A festa em números
Um dos objetivos com a realização desta iniciativa era a angariação de fundos para a Festa de Santo António e São Sebastião, que se realiza anualmente na primeira semana de agosto, que irá decorrer a 5 e 6, em Alvados. Na organização estiveram «entre 25 a 30 pessoas» que, até ao fim do dia, conseguiram vender «cerca de 1800 filhoses, 600 bifanas, 30 hambúrgueres vegetarianos e mais de 200 litros de sopa». «Encomendámos à volta de 500 pães e foi tudo à vida», revela Filipe Vieira.
O que é que diferencia esta festa de outras da freguesia? O juiz é perentório na resposta: «É o facto de se realizar na Lagoa. É raro ser feito lá por causa da logística que isso acarreta. Para a fazermos temos que levar tudo para lá e no próprio dia temos que voltar a arrumar e guardar no nosso salão». Apesar do esforço, Filipe Vieira garante que no fim, o ambiente rodeado de Natureza acaba por compensar todo o sacrifício.
Foto | Jéssica Silva