Estava marcado para as 11 horas do dia 8 de dezembro, no Pavilhão Gimnodesportivo de Porto de Mós, um jogo da primeira eliminatória da Taça do Distrito de Futsal – Iniciados, que opunha o Condestável AC ao CS Bufarda (Peniche). O pontapé de saída aconteceu, mas o jogo não pôde terminar no mesmo recinto. A chuva que se fez sentir nesse dia acabou mesmo por cair no recinto, impedindo a continuação da partida naquele local. As equipas foram depois para o pavilhão da Fonte do Oleiro, onde terminaram o jogo.
Numa nota na sua página de Facebook, o clube de São Jorge (Calvaria de Cima) agradece «publicamente ao CCR Dom Fuas (Fonte do Oleiro), a cedência do seu pavilhão». «A vossa disponibilidade permitiu que cerca de 24 jovens atletas e respetivas famílias pudessem usufruir do prazer do desporto e que todo o seu esforço e despesas de deslocação não fosse em vão», refere a direção na mesma nota. O clube agradece ainda, deixando também «um pedido de desculpas», ao Centro Social da Bufarda, à equipa de arbitragem e aos encarregados de educação «pela disponibilidade e compreensão tidas para que o jogo pudesse ser reatado» no próprio dia. «Esperamos que a situação possa ser resolvida em breve, para que nós possamos oferecer as melhores condições de treino e segurança a todos os nossos atletas e aos que nos visitam em Porto de Mós semanalmente», remata o Condestável AC.
O Portomosense contactou o coordenador e responsável pela escola de formação de futsal do Condestável, Hugo Sancho, que remeteu todas as explicações para a Câmara Municipal de Porto de Mós, que detém a propriedade do pavilhão. Hugo Sancho apenas confirmou o sucedido, acrescentando que foi a primeira vez que houve uma situação «com esta gravidade», mas que os problemas são recorrentes.
Câmara reconhece necessidade de intervenção
O vereador do Desporto do Município, Eduardo Amaral, disse ao nosso jornal que «a Câmara tem conhecimento do sucedido e teve capacidade de resposta, colocando outros pavilhões à disposição para que o jogo se pudesse realizar». Apesar de reconhecer que «o equipamento precisa de uma intervenção profunda a nível de todos os alumínios», salienta que a mesma não pode ser efetuada «nesta altura do ano», pois «implica a subida ao telhado com todos os perigos inerentes». O vereador reforça que «convém não esquecer que a chuva que caiu no dia 8 atingiu os 80 milímetros, cerca de 63% do valor esperado para o mês de dezembro (dados do IPMA)». O autarca recordou ainda que «o Município tem a decorrer uma candidatura para a ampliação da Escola Secundária de Porto de Mós, onde se encontra inserido o edifício do pavilhão desportivo, estando prevista a sua recuperação total».
Eduardo Amaral sublinhou que «o pavilhão de Porto de Mós é um equipamento de referência no distrito», salvaguardando que «nesta época, em que são vários os acontecimentos devidos ao mau tempo, também o pavilhão sofreu com isso, mas são situações esporádicas e imprevisíveis». «Caso aconteçam situações como esta temos, felizmente, uma rede de equipamentos desportivos concelhios que permite dar as respostas necessárias para estes momentos e já aconteceu com todos, mesmo com os que têm instalações próprias», frisou.
A rematar, Eduardo Amaral reiterou que «estas são situações que podem ocorrer», lembrando que «convém os dirigentes e árbitros saberem avaliar se as condições de segurança permitem ou não realizar o jogo»: «Em caso algum se deve correr o risco, afinal o desporto é fator de promoção da saúde. Caso não seja possível, terá que ser alterado ou mudado para outra instalação e sempre foi e será assim», concluiu.
Foto | Rita Santos Batista
