A Central das Artes, em Porto de Mós, acolheu na passada terça-feira, dia 14, uma reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), onde os 10 municípios da região discutiram medidas de prevenção dos incêndios rurais. À saída da reunião, o presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, na qualidade de vice-presidente da CIMRL, explicou que a reunião se dividiu em duas partes, uma das quais dedicada à Proteção Civil, onde participou a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Macedo Fernandes, o comandante sub-regional da Região de Leiria da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Carlos Guerra, e o comandante do Comando Territorial de Leiria, Adérito Dionísio.
«Esta foi uma reunião de trabalho muito importante», frisou Jorge Vala. Em declarações a O Portomosense, o autarca garante que a CIMRL continua a ter uma «atitude preventiva muito forte» em relação aos incêndios florestais, mas alerta que para se «fazer face não apenas ao combate mas também à prevenção» são necessários apoios financeiros suficientes. Essa é, aliás, uma questão que merece uma «avaliação bastante séria» por parte da CIMRL: «Parece-nos que os meios financeiros disponíveis para o próximo Quadro Comunitário serão insuficientes para aquilo que é a ambição das próprias Comissões Sub-Regionais e Municipais, uma vez que estão ali introduzidos num conjunto vasto para as quais não há ainda uma evidente disponibilidade financeira ou, pelo menos, não sabemos em que gaveta é que vamos buscar alguns milhões de euros que aparentemente vão ter que aparecer», explicou.
Aproveitando a presença da secretária de Estado da Proteção Civil na reunião, os autarcas da Região de Leiria fizeram questão de manifestar várias preocupações, entre as quais, «os custos inerentes à manutenção dos Centros de Meios Aéreos» da Região de Leiria, localizados em Porto de Mós, Pombal e Figueiró dos Vinhos. «Não têm partilha de custos, ou seja, são suportados integralmente por estes três municípios e nós achamos que, tendo em conta que estes Centros de Meios Aéreos estão à disposição dos Municípios e da Proteção Civil, num raio de 40 quilómetros, os custos devem ser partilhados pelos restantes municípios», justifica Jorge Vala. O vice-presidente da CIMRL refere também que os apoios aos bombeiros, nomeadamente a «reabilitação de quartéis» e os Equipamentos de Proteção Individual foram mais uma das situações em cima da mesa. Outra das preocupações transmitidas pelos autarcas a Patrícia Gaspar estava relacionada com Carta de Risco de Incêndio Florestal, apesar de reconhecer que este assunto não pertence à sua tutela: «Depois de um ano de suspensão da Carta de Risco, aquilo que estamos a verificar é que sem qualquer tipo de diálogo por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas continuamos a ter a mesma Carta de Risco». «A senhora secretária de Estado, não só levou com ela as preocupações como levou a importância de as ver resolvidas», refere Jorge Vala, revelando que Patrícia Gaspar participou na reunião a convite da CIMRL.
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