Cogestão do PNSAC quer ouvir a comunidade

3 Novembro 2023

Bruno Fidalgo Sousa

O plano que está a ser criado para o modelo de cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), do qual irão fazer parte os sete municípios com território inserido nesta área protegida, está quase em vias de ser concluído. O Conselho Estratégico do modelo de cogestão esteve reunido na Central das Artes, em Porto de Mós, uma das muitas reuniões que já se fizeram na tentativa de alinhavar opiniões e consensos entre os municípios no que toca ao enquadramento financeiro do plano, que «já vai com cerca de 50 milhões», um número que ainda pode subir ou descer consoante a discussão, e os projetos que se querem desenvolver.

Ao nosso jornal, o vice-presidente da Câmara de Porto de Mós, Eduardo Amaral, que é em simultâneo presidente da Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros (ADSAICA), entidade que até esteve em vias de extinção antes desta tomada de decisão para que houvesse a gestão partilhada do PNSAC, explica que, nesta fase, está-se a aprimorar o Plano Territorial Aire e Candeeiros, com o intuito de «criar uma visão estratégica do património».

Para já, o plano ainda irá passar por «uma série de discussões» antes de ser avaliado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). «Depois vai então para consulta pública [prevista iniciar a 2 de novembro] e qualquer cidadão pode acrescentar ideias e valores». O que também pode vir a ser feito diretamente na página online do Município, que vai disponibilizar um «questionário de forma a que toda a gente possa dar a sua opinião, sobre o que as pessoas pensam e o que é que as pessoas gostavam que fosse [o PNSAC]».

O plano inclui quatros eixos: «O primeiro tem a ver com a valorização do território, nomeadamente através do turismo de natureza, e desta forma criando uma marca identitária forte e representativa [por exemplo, a rede de percursos pedestres irá ser uniformizada em todos os sete municípios]; o segundo eixo é a promoção, com foco nas ações de marketing e comunicação, aqui com especial relevância para a vertente digital – sabemos que as pessoas cada vez mais constroem as suas viagens pela procura na internet, é procurar que estejamos bem posicionados, de forma a que cada vez que se falar num destes concelhos ou na Serra de Aire e Candeeiros, possamos estar na primeira linha da divulgação», explica o vice-presidente. Já para o terceiro eixo, Eduardo Amaral fala da «sensibilização e capacitação» da população, para «capacitar também a melhoria da sua qualidade de vida». O quarto eixo «é a conservação da natureza, a realizar em parceria com o ICNF e com o meio cientifico e académico», via «protocolos com instituições académicas e aproveitando publicações que já existem sobre a área para criar um repositório».

Foto| Isidro Bento

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