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Com 400 refeições vendidas, “o Galo continuou vivo”

26 Novembro 2020
Jéssica Silva

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Jéssica Silva

26 Nov, 2020

As enormes filas que outrora se formavam no Salão de Festas de São Silvestre durante o Festival do Galo de Serro Ventoso, deram este ano lugar a circuitos definidos, medição de temperatura à chegada e espaçamentos de dois metros. Este foi o cenário encontrado, no passado dia 15, pelas pessoas que aí se decidiram deslocar para levantar a sua encomenda de um dos três pratos disponíveis em que o galo era o ingrediente principal. Com a pandemia, o festival que há seis anos faz “tremer” a freguesia de Serro Ventoso teve que se reinventar e desta vez passou a funcionar em regime de take-away e com a possibilidade de entregas ao domicilio, cuja tarefa ficou a cargo do grupo “As Mal Estimadas”.

Mesmo com o receio de que esta adaptação do festival fosse um fiasco, este acabou por se revelar num «sucesso». «Chegámos a questionar-nos se as pessoas iam aderir, mas a verdade é que aderiram em massa. Entre entregas ao domicílio e em regime take-away, passámos as 400 refeições», revela o presidente da Junta, Carlos Cordeiro.

Apesar da pandemia que assola o mundo e que já obrigou ao cancelamento de inúmeros eventos, para o autarca, a possibilidade de não se realizar o Festival do Galo, nunca esteve em cima da mesa: «Quando eu disse: “Vamos fazer o Festival do Galo”, tremeram todos. Mas depois quando disse que seria em take-away, metade já disseram que sim». Com a ideia da concretização cada vez mais perto, rapidamente se pensou em fazer «algo inédito» no concelho e implementar o sistema de entregas ao domicílio, como já se assiste nas grandes áreas metropolitanas. «Pensámos logo no pessoal de “As Mal Estimadas”, que nunca falham», recorda. E não falharam mesmo.

Montadas em cima das suas motorizadas, adaptadas com uma grande mochila, «cerca de 15 pessoas» pertencentes ao grupo “As Mal Estimadas”, fizeram cerca de «200 entregas de refeições», num raio de 10 quilómetros, partindo de Serro Ventoso. Lá dentro levavam Galo no Forno, o prato que teve mais saída, Galo Bêbado e Cabidela de Galo. «Vi mesmo que o grupo andava a fazer aquilo com gosto. Andavam todos contentes. Até houve um rapaz que contou que quando foi entregar a São Bento toda a gente lhe tirou fotografias porque isso poderia não voltar a acontecer. Foi engraçado», conta Carlos Cordeiro.

Apesar de admitir que o sistema implementado «logicamente não é a mesma coisa do que estar à mesa com amigos», a verdade é que o sucesso do evento foi de tal forma significativo que o objetivo é vê-lo repercutido noutras atividades. «Vou falar com os meus colegas que fazem parte da Capela do Chão das Pias para avançarmos com uma situação destas porque acho que é uma opção excelente», garante o autarca, ressalvando que o importante é «não deixar acabar as festas».

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