«A situação de COVID no concelho está completamente descontrolada». A afirmação é do presidente da Câmara, Jorge Vala, e foi proferida na última reunião (pública) do executivo camarário, num tom interpretado como de lamento mas também de frustração.
Embora não o tenha afirmado de forma explícita, a frase remete para duas realidades que se complementam e tornam a situação particularmente grave. Se no conjunto dos cinco municípios que integram o ACES – Pinhal Litoral a tendência atual em termos de novos casos de COVID-19 é de estabilização, Porto de Mós, visto de forma isolada, continua a registar um aumento preocupante. No entanto, e segundo o autarca, ninguém sabe muito bem a quanto é que isso corresponde porque a Câmara deixou de receber o boletim diário e, por outro lado, nas palavras do edil, há um total desfasamento em relação ao número de casos que se vão conhecendo a nível local e aqueles de que o Município vai sendo informado pelos canais oficiais.
Parte do descontrolo denunciado por Jorge Vala assenta, precisamente, nessa diferença de números que leva o autarca a considerar que haverá inúmeros casos que nem sequer chegam a ser registados oficialmente e muita gente que estará sem o devido acompanhamento por parte da Saúde Pública, nomeadamente por ausência da delegada de saúde, há vários meses de baixa médica.
(Leia a notícia completa na edição em papel d’O Portomosense do dia 20 de janeiro de 2022)