Porto de Mós tem um valor abaixo da média nacional na produção de lixo por habitante, no que respeita ao ano de 2017, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, tornados públicos na semana passada. Em média, cada português produziu uma média de 487 quilos de resíduos, verificando-se alguma disparidade entre os vários municípios (os dados são relativos apenas a Portugal Continental).
Em Porto de Mós, cada habitante produziu, em média, 338 quilos, ocupando o quinto lugar da tabela distrital dos que produzem menos lixo. O concelho que apresenta um valor mais baixo é Alvaiázere, com 280 quilos; seguido de Ansião, com 301; Castanheira de Pêra aparece em terceiro com 310; e Figueiró dos Vinhos em quarto com 318. A fechar a tabela, e já com um valor superior à média nacional, estão Marinha Grande (488 quilos), Óbidos (544), Nazaré (690) e Peniche (712). Os nossos “vizinhos” encontram-se a meio da tabela, tendo a Batalha registado 382 quilos por habitante, Leiria 417 e Alcobaça 435.
Em termos nacionais, as regiões Norte e Centro são as que apresentam menos produção de lixo, sendo o Algarve a região com maiores valores. A justificação apontada para esse facto é o elevado fluxo turístico. O valor de 487 quilos por habitante, respeitante a 2017 como já fora referido, foi o mais elevado desde 2011, ano em que se registou uma média de 490 quilos, sendo também o quarto ano consecutivo em que se verifica um aumento dos resíduos urbanos produzidos por habitante.
Recolha seletiva
Segundo comunicado da Valorlis, enviado à nossa redação, em 2018, a recolha seletiva aumentou 11% relativamente ao ano anterior, na área de influência da empresa, nomeadamente Porto de Mós, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém e Pombal. Este aumento verificou-se em todos os materiais (papel e cartão, vidro e plástico e metal), sendo o ecoponto azul aquele que registou um crescimento superior (mais 15% do que em 2017).
No total, a Valorlis enviou para a reciclagem 11 141 toneladas de resíduos, o que resulta na «poupança de mais de 72 mil árvores, poupou-se energia suficiente para manter ligada uma televisão durante mais de 1 150 anos, metal que permite fabricar mais de 8,5 milhões de latas de 0,33 litros, plástico suficiente para produzir mais de 7,5 milhões de t-shirts XL e a quantidade de vidro que permite produzir cerca de 12,1 milhões de garrafas de 0,75 litros», pode ler-se no comunicado.