Há mais dois portomosenses na luta por um lugar na Assembleia da República. Já depois do fecho da edição anterior recebemos a informação relativa a duas candidaturas que contam com a participação ativa de portomosenses. Assim, a Liliana Vieira (PAN), Olga Silvestre (PSD) e Afonso Grilo (Iniciativa Liberal) já apresentados na edição de 20 de dezembro, juntam-se Isac Valente, que é o cabeça-de-lista do Volt Portugal pelo Círculo Eleitoral de Leiria e Sandra de Sousa, do Chega, que surge em sétimo lugar na lista daquele partido pelo mesmo círculo eleitoral.
Isac Valente faz estreia na política
Isac Valente, 38 anos, engenheiro civil, é natural de São Bento. Em declarações ao nosso jornal, o agora cabeça-de-lista por Leiria do primeiro partido europeu presente em Portugal explica que para as legislativas do dia 30 de janeiro o Volt Portugal apresenta «um programa eleitoral sem amarras ideológicas com três bandeiras principais: um estado inteligente, um renascimento económico que não deixe ninguém para trás e um combate pragmático às alterações climáticas».
Nesse sentido, refere, o partido quer avançar com «a criação de um Ministério da Digitalização de forma a acelerar o processo de digitalização»; criar o conceito de um Administrativo Público de Família «para melhorar a prestação dos serviços públicos» e que servirá como «primeiro ponto de contacto com todos os vários serviços do Estado (Finanças, Segurança Social e Autarquias)»; «implementar uma reforma progressista do IRC com vista a beneficiar empresas de alta produtividade e que tenha políticas de compensação de trabalhadores generosas».
De acordo com o candidato, o Volt Portugal quer, igualmente, «melhorar a rede ferroviária apostando na expansão e modernização das redes regionais ferroviárias de forma a garantir a coesão territorial e a promover uma maior descentralização do país» e defende, entre outras, que as creches e jardins de infância passem a estar acessíveis de forma gratuita a todas as crianças.
Sandra de Sousa, quer ir da Assembleia Municipal ao Parlamento
Sandra de Sousa, 39 anos, solicitadora e agente de execução, é natural de Torres Novas mas reside na Mendiga onde casou, formou família e tem o seu escritório depois de muitos anos a trabalhar no concelho vizinho, Alcanena. Militante do Chega, quase desde a primeira hora «por decisão própria e não por convite», como sublinha, assume-se (tal como Isac Valente, aliás) como uma pessoa que não é política mas que as circunstâncias da vida acabaram por conduzir a esta área. «Ouvia André Ventura [o presidente do Chega] a falar e revia-me em tudo aquilo que ele dizia e achava que Portugal precisava de um político assim e então inscrevi-me no partido», justifica.
Depois de ter aceitado dar a cara pelo Chega na corrida autárquica enquanto candidata à Assembleia Municipal de Porto de Mós, falhando o cargo mas não o lugar naquele órgão autárquico, Sandra de Sousa tem agora um novo desafio pela frente: «Ajudar o partido a eleger dois deputados por Leiria».
«Temos de ser realistas, muito dificilmente serei eleita mas estou na mesma de alma e coração nesta candidatura. Agora como num passado recente a minha missão é ajudar o partido a crescer e tentar abrir consciências, nomeadamente, mostrando que o Chega não tem nada de radicalismo ao contrário do que se diz», frisa.
Para as legislativas, esclarece, o partido leva as suas grandes bandeiras, nomeadamente o combate à corrupção e aos chamados crimes de “colarinho branco”, a reforma do sistema democrático e o combate ao problema da subsidiodependência. Quer, entre outros, romper com a bipolarização PSD/PS.
N.R. – Neste trabalho, Isac Valente, não surge identificado com foto por não ter sido possível obtê-la em tempo útil junto do candidato.