Um ano depois, o Grupo de Concertinas da Barrenta voltou à estrada no passado sábado, dia 25 de setembro, e durante mais de 10 horas espalhou música por todas as freguesias do concelho de Porto de Mós, para assinalar de «forma simbólica» a 20.ª edição do Encontro de Tocadores de Concertina da Barrenta. À semelhança do que aconteceu o ano passado, a digressão pelas serras de Aire e Candeeiros percorreu mais de 100 quilómetros, num trajeto que se iniciou às 9h30, no Largo da Junta, no Juncal, e terminou no Jardim da Carreirancha, no Alqueidão da Serra, pelas 20 horas. Esta foi a forma que o Centro Cultural da Barrenta, o promotor do evento, encontrou para conseguir fintar as restrições causadas pela pandemia e manter vivo o evento que todos os anos levava centenas de tocadores até àquela aldeia serrana.
Antes do “dia D”, o dia em que o grupo levou música e alegria à população em cima de um autocarro panorâmico, a organização do evento quis assinalar de uma forma diferente as duas décadas de história do Encontro através do Barrenta ComVida. O Grupo Concertinas da Barrenta decidiu «ir ao baú» e durante precisamente 20 dias, de 6 a 24 de setembro, foi divulgando na sua página de Facebook várias atuações antigas, num total de «cerca de 400 minutos de produção». A verdade é que aquela que era vista como uma «comemoração ambiciosa» foi acompanhada por diversos internautas que não quiseram deixar escapar a oportunidade de recordar momentos antigos e já tem «cerca de 200 mil visualizações». «Foi possível conhecer conhecer os bastidores e as histórias que marcaram e marcam o dia a dia da Barrenta ao longo de duas décadas», afirma Ricardo Pereira, o responsável pelo grupo, num comunicado de imprensa. Nos vídeos, feitos de forma voluntária, participaram alguns dos grupos que anualmente rumam à Barrenta para participar no evento.
Finda mais uma edição do emblemático Encontro de Tocadores de Concertina da Barrenta que terminou com um balanço positivo, o Centro Cultural da Barrenta “despediu-se” com uma promessa: «Em 2022, a 24 de setembro, estaremos todos juntos na Barrenta!». «Queremos levar esta mensagem por diante, porque é muito bom o contacto virtual, permitiu-nos estar unidos perante as circunstâncias, mas a presença física faz-nos muita falta, e estamos já ansiosos para poder voltar a receber as pessoas na nossa pequena aldeia», conclui Ricardo Pereira.