«Conhecer e reconhecer; Viver e recordar; Pertencer e conservar; Restaurar e preservar», palavras de ordem evocadas por Susana Reis, mentora do projeto de Conservação e Restauro Talha Dourada Antiga Igreja Matriz de Mira de Aire, vencedor do Orçamento Participativo de 2020. Estes verbos que evidencia definem os objetivos desta obra agora concluída e apresentada aos mirenses e a toda a população do concelho.
«Um projeto em que a comunidade se envolveu de uma forma brutal. Tornámos possível e fizemos acontecer! Os sonhos fazem-nos agir, o sonho em comunidade torna-se ainda mais real», podem ler-se estas palavras de Susana Reis na página de Facebook dedicada a este projeto.
A proponente está feliz com o resultado final: «Que bela obra de arte, quão bonita está a nossa antiga Igreja, os seus retábulos, o fresco do teto onde se restaurou a pintura original e no centro temos agora a nossa Senhora do Amparo, nossa padroeira», frisa. Susana Reis acredita que estas obras devolvem «este Património à população» e preservam «a memória, a antiguidade, mas também a autenticidade e a originalidade de um passado que se quer preservar no aqui, no agora e no futuro», garante.
Susana Reis deixou ainda uma palavra de agradecimento a todos os «que se envolveram neste projeto», desde os que partilharam «informação, memórias, estórias, registos» que «no futuro vão ser devidamente documentados» à equipa técnica da Servantis-servandis «na pessoa da Doutora Mariana Ximenes [coordenadora técnica da empresa] que explicitou sempre o processo e que correram esta obra milímetro a milímetro, com uma dedicação ímpar».
A mirense agradeceu ainda à Câmara Municipal de Porto de Mós «pela criação da ferramenta do Orçamento Participativo que tornou este sonho possível» e também «ao Presidente de Junta e anterior executivo por todo o acompanhamento e melhorias que já operou neste espaço».