Os representantes da Escola de São Bento já tinham manifestado algumas queixas em relação ao estado do estabelecimento e voltaram a fazê-lo na Assembleia Municipal de Porto de Mós. Duas mães, a representar diferentes salas da Escola, usaram da palavra para darem conta dos problemas. Começou Fátima Fonseca: «Como é do vosso conhecimento, a escola está com vários problemas, fugas de água na caldeira de aquecimento; os móveis da cozinha encontram-se em estado de degradação; existem infiltrações provenientes do telhado, que fazem com que caiam pingos de água no sistema de retenção de fundos, onde teve que ser colocada uma bacia a aparar; está a escorrer água na parede, o chão fica escorregadio e sem condições que permitam circular, põe em risco a segurança e o bem-estar dos nossos filhos, auxiliares e docentes», enumerou. A mãe frisou ainda que, apesar de esta ser «uma escola recente», é «uma vergonha para todos», por «falta de manutenção e interesse do executivo». A representante dos pais revelou ainda uma conversa com a vereadora da Educação, Telma Cruz, que lhe terá dito que «esta obra está adjudicada», questionando «a data da mesma e qual a empresa». «Estamos apenas a lutar pelo direito das nossas crianças aprenderem em condições que lhe permitam atingir todo o seu potencial», sublinhou.
Já Clara Rosa, também mãe e encarregada de educação, acrescentou outros problemas. «Pergunto quando se fará a requalificação do pavimento exterior, que é feito de placas de borracha, deterioradas, algumas até já desapareceram com o vento e com a chuva, há espaço entre elas e já houve alguns incidentes, não muito graves, felizmente. Queria ver se conseguiam fazer alguma coisa para que não haja acidentes mais graves a esse nível», questionou. A mãe disse ainda ter enviado «um e-mail à vereadora da Educação com todos estes problemas ao qual não» obteve resposta.
O presidente da Câmara, Jorge Vala, começou por referir que é com bons olhos que vê «a preocupação com a Escola, que já esteve para fechar por falta de alunos». O autarca afirmou que esta é uma escola que «tem vindo a ser intervencionada, aos poucos, mas tem-no sido». «Lembro que a zona de assembramento que lá está fomos nós que fizemos já neste mandato, a pedido dos pais, entre outras pequenas intervenções em conjunto com o anterior executivo da Junta», salientou. Além de revelar que a questão da «caldeira já está resolvida», Jorge Vala confirmou que a empresa (Beato & Beato, a quem o executivo adjudicará a obra por ser especialista na área «das impermeabilizações») já fez o levantamento de todas as necessidades, mas só iniciará a obra «quando estiver mesmo bom tempo».
No que diz respeito ao espaço exterior não existem garantias: «Foi feita uma avaliação com uma ficha de avaliação do Estado pelo nosso coordenador da Proteção Civil que informou que o estado não é ótimo, mas também não está assim tão mau, portanto, vamos ver como é que vamos fazer a intervenção». Jorge Vala diz que terão de ser estudadas «opções de piso, havendo vários modelos no concelho». «Vamos ver se conseguimos fazer as obras todas em simultâneo, mas o que é certo é que a Escola vai ser intervencionada, não tenham dúvidas disso», garantiu.