Descuido com vela poderá estar na origem de incêndio na sede do Clube União Mirense

24 Abril 2024

Jéssica Silva

Cinco dias depois da festa na qual soprou as velas do seu 90.º aniversário, a sede do Clube União Mirense sofreu um incêndio, no passado dia 10 de abril. E ao que tudo indica foi precisamente uma vela esquecida desde a noite dos festejos a causar o incêndio nas instalações do clube, no Largo Manuel Justo, em Mira de Aire, que apesar de não ter provocado feridos culminou na destruição de bens materiais.

Embora não se saiba ao certo o que esteve na origem do fogo, ao nosso jornal, o presidente da coletividade, Rui Venda, adianta que «possivelmente foi um descuido com uma vela que ficou a arder desde a noite em que assinalou os 90 anos do clube». «Tínhamos uma daquelas velas grossas, grandes, com três pavios e como tem muita cor não dava para ver que estava acesa. Depois quem saiu, pronto… Aquilo foi ardendo, foi ardendo…», explica.

Deste incêndio resultaram, sobretudo, danos materiais «em algumas mesas e na alcatifa» mas o pior, refere, foi o fumo que pintou de preto tudo em seu redor. «Tem que ser tudo lavado, desde cortinados a toalhas, sofás e paredes, para depois ser novamente pintado», revela Rui Venda, não avançando, contudo, com o valor dos prejuízos em causa. Os esforços estão agora todos concentrados na sede do clube, onde decorrem os trabalhos de limpeza. Há muito que fazer, por isso toda a ajuda é bem-vinda e cada par de mãos se torna essencial para que se consiga ajeitar novamente a sede: «São precisas muitas pessoas, pelo menos umas 20, para que as coisas normalizem e aquilo fique em condições outra vez», realça o presidente do clube.

O anúncio do sucedido foi dado pela coletividade na sua página de Facebook precisamente no dia em que foi dado o alerta para o incêndio. Nessa publicação, o clube informava que apesar de o incêndio ser «de pouca gravidade» iria implicar uma intervenção, o que poderia «inviabilizar» alguns dos eventos já programados. Foi o caso do Dr. Why, um evento organizado pela MataJovem, agendado para daí a três dias, e que acabou transferido para a Casa da Cultura de Mira de Aire. «Vamos tentar o mais rápido possível retomar as atividades. Estou convencido que na tertúlia que vai haver no princípio de maio a gente já deve [ter condições para reabrir]», antecipa Rui Venda.

Na mesma publicação, o clube agradeceu ainda a «ajuda, preocupação e solidariedade» de todos os envolvidos: «Não queremos deixar de realçar a importância que teve a imediata reação dos vizinhos que prontamente comunicaram a presença de fumo e a ativação do sistema de alarme de incêndio existente no Clube, assim como a pronta colaboração da GNR de Mira de Aire e dos Bombeiros Voluntários de Mira de Aire que ocorreram ao local em tempo exemplar, assim como, a disponibilização por parte da Junta de Freguesia para ajudar no que fosse necessário». Em declarações ao nosso jornal, Rui Venda não esquece também o carinho demonstrado pelas associações em redor do Clube União Mirense: «Ligaram-nos a dizer que se fosse necessário alguma coisa para contarmos com eles. Foi bom [sentir esse carinho] por parte das várias entidades», considera.

Foto | DR

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