Há um ano que a vida da jovem de 22 anos, natural da Corredoura, freguesia de Porto de Mós, ganhou um novo sentido. Diana Catarina é voluntária na associação SOGA – Servir Outra Gente com Amor – e no dia Internacional do Voluntariado, O Portomosense ficou a conhecer o impulso que levou a jovem a ver como sua a missão de melhorar a vida dos outros. A associação tem sede em Coimbra, mas voluntários e iniciativas em todo o país.
Começou em «novembro do ano passado» e foi a missão «diferente» de outras tantas, que a despertou na SOGA. «Surgiu o interesse de fazer um voluntariado diferente, em que pudesse ajudar além do que costumamos fazer em Portugal», conta. A ideia da SOGA, que ajuda precisamente a ilha de Soga, em Guiné Bissau, é «ajudar e intervir em termos educacionais e de saúde» de forma a que, no futuro, a ilha se torne «auto-sustentável» e tenha as necessidades básicas asseguradas.
Diana Catarina já participou em «jantares solidários» onde são vendidos produtos de merchandising da SOGA, onde conseguem angariar «dinheiro para construir algumas coisas na ilha», como por exemplo, «escolas» e também para poder «proporcionar algumas atividades» de vários âmbitos. No concelho de Porto de Mós, Diana Catarina, em conjunto com outros jovens, já fez «sensibilização» na Igreja de São Pedro na vila e também na Igreja de Alvados, onde aproveitaram para vender também alguns produtos e angariar «parceiros que agarrem a iniciativa» para conseguirem construir ainda mais coisas.
A jovem está a estudar Psicologia na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e acredita que as ferramentas que lhe são dadas nesta área, são importantes para desenvolver um «trabalho mais rico» na associação. «Nós conseguimos perceber as necessidades que eles [habitantes da ilha de Soga] têm e não nos impomos, eles é que nos pedem ajuda. Acho que isso vem do trabalho da psicologia, procurar a necessidade da pessoa sem nos impormos», explica Diana Catarina.
A voluntária acredita que existe um «interesse maior e generalizado» de jovens como ela, mas não só, em estarem cada vez mais presentes em iniciativas de «ajuda ao próximo». Para a jovem, este interesse é fácil de explicar: «O voluntariado traz-nos muita coisa, o sentir que somos úteis para alguém que precisa mais do que nós ensina-nos bastante, conseguimos valorizar algumas coisas que sem vermos a realidade dos outros, não valorizaríamos». Diana Catarina deixa um apelo a todos para que adiram ao voluntariado, «seja com crianças, idosos, famílias desfavorecidas», porque, frisa, todo o tipo de voluntariado é «muito importante e faz a diferença» na vida dos que precisam.