O executivo municipal de Porto de Mós analisou, na reunião de 7 de setembro, o relatório final do júri do concurso público relativo à empreitada da construção do Eco Parque Verde da Calvaria de Cima, em que este propunha a adjudicação da mesma ao consórcio constituído pelas empresas Calaveiras Unipessoal, Lda, e Azubetão, Lda, pelo valor de 940.593,93 euros (+IVA), proposta que foi aceite, tendo os vereadores aprovado a adjudicação e a minuta do contrato. A empreitada tem um prazo de execução de 300 dias.
Tal como noticiava O Portomosense em novembro de 2022, o projeto assinado pelo arquiteto calvariense Hugo Alves e pela arquiteta Rita Matias, será executado na mesma zona onde já existe um parque infantil, atrás da sede da Junta e prevê, entre outros, «uma bacia de retenção (que parecerá um pequeno lago no inverno), quiosque com instalações sanitárias com edifício de apoio, área de arrumos e esplanada, anfiteatro, jogos de água, equipamentos para a prática desportiva, áreas de estadia, circuito de 400 metros de apoio à mobilidade suave e prática desportiva e uma zona de deque/miradouro».
Na altura, o presidente da Câmara sublinhou a vontade do seu executivo em realizar esta obra «na única freguesia do concelho que, nos últimos 10 anos, cresceu em termos de população», tendo adquirido para o efeito um terreno com cerca de 15 mil metros quadrados ainda no mandato anterior. No seu entender, este aumento populacional revela que a Calvaria de Cima «é uma freguesia que tem uma determinada centralidade, que é procurada, que é uma das com mais população jovem já com um nível de urbanidade elevado», e que por isso interessava dar uma vida diferente ao centro da freguesia, como vai agora acontecer.
Eco parque vai ser central na malha urbana da Calvaria
Por sua vez, Hugo Alves afirmou na mesma cerimónia que um dos objetivos do projeto é aproveitar todos os recursos naturais que este espaço, «ainda associado a algumas práticas agrícolas», tem. «Pretende-se criar uma bacia de retenção de águas pluviais, a requalificação e a renaturalização da linha de drenagem natural existente, com vista a assegurar a regularização dos escoamentos pluviais, aumentar a capacidade de suporte do ecossistema, uma vez que verificamos que existiam problemas associados a picos de chuva, criar a valorização paisagística com a rearborização de espaços envolventes», revelava na altura.
Hugo Alves adiantava, ainda, que a intenção da dupla de arquitetos foi também pensar num projeto que fizesse a articulação com o parque infantil existente dotado de acessos diretos, porque a sua convicção é a de que «este espaço vai ser central na malha urbana da Calvaria de Cima», e daí a importância de que o seu acesso seja muito fácil. Nessa perspetiva foram criadas condições para o aumento de lugares de estacionamento naquela zona.
Relativamente à bacia de retenção, um dos elementos em destaque neste projeto, o objetivo é criar uma espécie de lago no inverno, que no verão será um tapete verde natural que terá depois uma escultura (jogo de água). A construção de um segundo parque infantil, neste caso para crianças mais velhas, estava também delineada no projeto apresentado aquando da reunião pública da Câmara realizada naquela freguesia.
Com Jéssica Moás de Sá